Quem nunca deparou com aquela galera fantasiada saindo em grupo pela cidade? Eles são denominados cosplayers. Originalmente uma cultura japonesa, o cosplay vem ganhando cada vez mais destaque no Pará.

Ariadna Araújo, cosplayer há dez anos, informou que existem eventos que juntam os cosplayers e fãs de personagens. Ressaltou também que eles já ocorrem no Estado desde 2002. 

Para a universitária Maiara Pessoa, cosplay é uma arte. “Uma forma de se expressar, mostrar algo, uma coisa bem preparada, caprichar na interpretação e na caracterização do personagem”, destacou. “Quando eu comecei a frequentar eventos era uma coisa bem menor, aconteciam só em escolas menores, ou até mesmo em praças. Hoje já acontecem em escolas maiores e até mesmo shoppings. É uma cultura que vem crescendo bastante por aqui. Os eventos em praça vêm diminuindo, e os eventos em escolas de grande porte vem aumentando”, complementou.

 Raul Silva, conhecido no meio cosplay paraense como Pyter Petrely, afirmou que seu motivo de fazer cosplay vai além da diversão, é para ter seu personagem reconhecido. “É algo quase que impossível de se descrever. No momento em que eu visto o personagem, é como se eu fosse transportado para um universo onde só outro cosplayer entende. Como se eu fosse imortal naquele instante. É o momento em que o cosplayer está em um um laço único com personagem. A importância vai além de vestir a roupa de um personagem, agir como o personagem, ela vai além do cosplay em si, ela vai na imagem que você passa para aquele fã que vai estar te vendo’’, relatou Pyter. “Uma vez eu estava no shopping vestido de Robin com amigos e um garotinho pegou na minha mão. Eu o abracei achando que ele queria uma foto e ele olhou para mim e disse: você é o melhor herói que eu conheço. Isso acabou me deixando muito emocionado”, falou.

Cosplayer há quatro anos, Saulo Gabriel destacou que a companhia dos amigos é muito importante no cosplay. “É algo que me faz feliz quando estou junto aos meus amigos, pois estimula a nossa criatividade com a arte, acaba encantando as pessoas mundialmente através de grupos e eventos”, disse Saulo.

Wagner Lima afirmou que o cosplay está diretamente ligado à diversão pessoal, podendo ser usado como hobbie ou não. “O importante em ser cosplayer está ligado na diversão pessoal e de pessoas que são fãs do personagem. Recomendo a quem admira e quer ser um cosplayer que faça agora, pois, fazê-lo requer deixar a criatividade lhe conduzir”, comentou Wagner.

Eventos que reúnem cosplayers normalmente são organizados no mínimo duas vezes ao ano e divulgados nas redes sociais. Eles englobam uma boa parte da cultura Geek,abrangendo diversos tipos de cultura pop em um único evento. Também existem os passeios organizados pelos próprios cosplayers com um intuito: diversão. “Geralmente escolhemos os shoppings por serem locais seguros, arejados e com uma população mais educada”, concluiu Wagner Lima.

 Por Cleo Tavares.