Vida no cemitério: 'Limbus' é a nova atração do MIS

Imagens retratam o que há dentro de cemitérios nas Filipinas

por Daiane Crema ter, 21/05/2019 - 17:35
Gustavo Gusmão Cemitérios são grandes comunidades à margem da sociedade, como mostra "Limbus" Gustavo Gusmão

Até 30 de junho, o Museu da Imagem e do Som (MIS) recebe a exposição "Limbus", do fotógrafo brasileiro Gustavo Gusmão, 34 anos. Composta por 19 fotografias, a mostra é um projeto realizado nas Filipinas sobre seis mil pessoas que moram nos cemitérios da capital, Manila.

Curiosos e tristes ao mesmo tempo, os cemitérios são grandes comunidades à margem da sociedade. Com sua própria estrutura e funcionamento, esses lugares comportam pequenas moradias, escolinhas, mercadinhos, botecos e muitos barracos, em situação de extrema pobreza. "São várias faces do mesmo lugar. Na mostra, trouxe de tudo um pouco, desde as coisas mais difíceis até o que tem vida. O cemitério não é só tragédia e pobreza, também tem vida. Não quis focar apenas a tristeza, mas os dois lados da história", reflete Gusmão.

Apelidados de skeletons, zombies ou cemitery people, acredita-se que no maior deles, o North Manila Cemitery, moram aproximadamente duas mil pessoas. "O ambiente é um lugar de extrema pobreza e tem, ao mesmo tempo, vida e morte. Onde tem pobreza, tem enterro de pessoas, tem ossos humanos, mas também tem gente vivendo ali. Acho que a mensagem de tentar mostrar o que acontece nesse lugar e denunciar de alguma forma é o mais importante", conclui.

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