Dúvida cruel: TV por assinatura ou streaming?

Veja quem sai na frente na batalha pela atenção dos apaixonados por programas, filmes e séries

por Alex Dinarte qui, 26/03/2020 - 14:06
Mohamed Hassan / Pxhere Mohamed Hassan / Pxhere

O momento é de isolamento social. Quem puder ficar em casa para evitar o contágio e a disseminação do novo coronavírus (Covid-19), deve fazê-lo. Com a permanência por mais tempo no lar, muitas pessoas optam por jogos de tabuleiro, redes sociais e outros passatempos para enfrentar a mudança da rotina.

Entre as diversões preferidas, está a TV. Centenas de canais abertos e fechados proporcionam uma programação variada para todos os gostos e idades. Esportes, filmes, séries, realities show fazem parte do pacote acionado por meio do controle remoto. Por outro lado, plataformas como Netflix, Amazon, HBO Go! e YouTube, que distribuem conteúdo no ambiente digital, querem a atenção do público da famigerada telinha. Com um catálogo semelhante na diversidade, mas pronto para os fãs assistirem quando quiserem e não só diante do aparelho de TV, o segmento ganha cada vez mais notoriedade. Mas será que os fiéis espectadores são os principais beneficiados com esta batalha das produções audiovisuais?

Para o analista de sistemas Eli Arasaki, 32 anos, tanto a TV como o streaming são válvulas de escape para a correria do cotidiano. Diferente da maioria que já assinava canais a cabo e depois preferiu o modelo do ambiente virtual, Arasaki optou primeiro pelo catálogo do que pelas atrações da telinha. "Assino streaming há cinco anos e TV a cabo há dois", conta. Apesar de aproveitar ambos os conteúdos, ele já vislumbra a possibilidade de abandonar um dos serviços. "Tenho a TV a cabo devido a aquisição de um combo na operadora, mas o streaming me oferece uma maior variedade de séries e filmes, com a comodidade de assistir quando e onde quisermos", explica.

Outro que optou pela plataforma de conteúdo digital foi o gerente de vendas Lucas Santos, 25 anos. Após manter os dois serviços por três meses, ele avaliou que valeria a pena ficar só com o streaming. "Me dei conta de que não valia mais a pena ter os dois, já que o streaming dava e sobrava para minha necessidade", declara. Fã de filmes de ficção e séries, Santos avalia que o acesso à programação em qualquer momento e o custo pesaram na decisão. "Os serviços de streaming têm preços ótimos e atrativos, já o valor da TV por assinatura não vale a pena de forma nenhuma", completa.

 

Conheça os serviços

Uma pesquisa da associação de consumidores Proteste mostra que os pacotes básicos de operadoras de TV por assinatura, como Sky, NET, Claro, Vivo TV ou Oi, podem variar de R$ 44,95 a R$ 189,90. No levantamento, a operadora que apresenta menor custo é a Sky. Já o maior valor mensal é pago por assinantes da Oi. Para tentar facilitar a vida de alguns clientes e deixar de perdê-los para outras vertentes da concorrência, algumas empresas permitem contratos de prestação de serviço por meio de combos pré e pós-pagos.

Já entre as plataformas digitais, opções como Netflix, Amazon, HBO Go e Globoplay custam entre R$ 9,90 e R$ 45,90. Na Amazon Prime, por exemplo, o cliente desembolsa apenas R$ 9,90. O que mais cobra dos telespectadores é o serviço Premium da Netflix ao custo de R$ 45,90 (o catálogo básico custa R$ 21,90).

Além dos valores se mostrarem mais acessíveis, os consumidores do serviço ainda apegam-se na possibilidade de ter mais de um tipo de streaming para assistir em qualquer lugar. Entretanto, é preciso estar atento à quantidade de assinaturas para não estourar o orçamento. A soma de todos as locadoras virtuais que atuam no Brasil pode superar os R$ 140 mensais.

COMENTÁRIOS dos leitores