Mãe de Paulo Gustavo desabafa: ‘A corrupção mata’

Em entrevista emocionante ao ‘Fantástico’, Dona Déa contou como foi a despedida do filho e desabafou sobre o enfrentamento da pandemia no Brasil

por Paula Brasileiro seg, 10/05/2021 - 09:06

No último domingo (9), Dia das Mães, Dona Déa Lúcia, mãe do humorista Paulo Gustavo - falecido no dia quatro de maio, deu uma emocionante entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo. Durante a conversa com Renata Ceribelli, a mulher que inspirou o personagem mais famoso de Paulo, Dona Hermínia, contou como foi sua despedida no leito de morte, e desabafou sobre o enfrentamento da pandemia por conta das autoridades brasileiras.

Demonstrando muita força, Dona Déa falou como tem sido difícil assimilar a perda de seu filho, no entanto, revelou que ele “odiava” vê-la chorar, sendo assim, a matriarca vem tentando lembrar apenas das coisas boas e felizes deixadas pelo rebento. Ela também contou como foram seus últimos momentos ao lado de Paulo: “A gente foi chamado no hospital porque ele teve morte cerebral. E nós quatro, Juju (a irmã), Júlio (o pai), eu e Penha (a madrasta), ficamos ali. Juliana com uma mãozinha dele, eu na outra. O Thales (marido) no pé e o Júlio fazendo carinho na cabeça. Eu chamei Penha, vem cá Penha, segura aqui comigo porque você também participou da vida dele. Cantamos a oração de São Francisco, porque ele sempre pedia desde pequeno para eu cantar a oração de São Francisco e eu cantava”.

Seu Júlio, pai do humorista, também falou durante a entrevista e comentou sobre o último momento ao lado do filho, enquanto Dona Déa cantava. “A frequência (cardíaca) foi caindo, caindo. Até ficar piscando (o aparelho). Aí parou, nós fechamos a cortina e saímos”. A mãe do ator complementou: “Foi uma despedida bonita”.

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Além da emoção, Dona Déa também demonstrou revolta por conta da situação do país frente à pandemia do novo coronavírus. Ela contou que chorava ao saber de cada morte, por cada mãe brasileira que havia ficado sem seu filho, e disse que “roubar durante uma pandemia é crime”. “A corrupção mata”, esbravejou. 

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