Ingrid Guimarães sobre Paulo Gustavo: 'ficha nem caiu'
A atriz disse que a morte de Paulo Gustavo é 'incomensurável'
Ingrid Guimarães desabafou sobre a morte do amigo, Paulo Gustavo, que foi vítima da Covid-19. A atriz deu uma entrevista por e-mail ao jornal Estadão e lamentou a perda do comediante.
"É um choque. Minha ficha nem caiu ainda. Não existe despedida pra uma pessoa como o Paulo, existe uma gratidão por ter sido amiga dele. Ele ainda tá muito vivo por aí. Para todo mundo, a perda de um artista como ele é incomensurável, mas para nós perder um amigo como ele é uma dor que vai demorar pra passar. Paulo era um evento", disse.
A atriz foi questionada se acreditava que a comédia nacional ainda iria ter a mesma audiência sem Paulo Gustavo e respondeu: "Não sei. Eu tinha muito orgulho de estar ao lado dele como representante do cinema popular brasileiro. Ninguém substitui o Paulo, mas acho que a gente tem a função de continuar esse legado, acho que era isso que ele queria que eu fizesse. Ainda não consigo pensar em fazer rir, mas o Brasil precisa de humor. Afinal, rir é uma forma de resistência, né?!"
Ingrid conta que dedicou seu trabalho mais recente, Modo Mãe, à mãe de Paulo Gustavo, Déa Lucia: "Paulo morreu na terça e o programa estreou dois dias depois. Eu não tinha nenhuma condição psicológica de divulgar nada, aí pensei na minha motivação para fazer esse programa, que na verdade era uma homenagem para as mães. Lembrei da história de vida da Déa, que trabalhou na noite a vida toda pra criar Paulo e Juju. Quis dar esse carinho para ela e para as mães que perderam seus filhos".
Ela ainda disse que se identificou com situações apresentadas no programa Modo Mãe: "A identificação é absoluta, desde mães que escondiam que estavam grávidas para não perder o trabalho até as que choraram no banheiro no meio do trabalho porque tinham que desperdiçar o leite do peito".