Exposição divulga obras de artistas periféricos
Exibição reúne obras de oito artistas do Recife
Foi inaugurada na última sexta-feira (29), no Atelier Pangeia, no Bairro do Recife, a Exposição Veneza Teimosa, promovida em parceria com a Ong Paratodos. A exibição coletiva reúne obras de oito artistas periféricos da capital pernambucana, que ganharam o prêmio em residência e mentoria artística - Veneza Teimosa, realizado em 2021.
O prêmio culminou com a exposição de obras que fazem parte do projeto social e cultural que busca, incentiva e promove talentos periféricos a desenvolverem suas expressões culturais. O çançamento da exposição contará com apresentação da poetisa Priscila Ferraz.
"A Ong Paratodos firmou termo de parceria com a equipe da Veneza Teimosa, na linha de ação Arte Paratodos, com intuito de apoiar artistas de periferia nesse processo de criação e de ascensão de seus talentos e trajetórias profissionais. Com isso, vamos lançar a exposição conjunta desses jovens periféricos", explicou a presidente da Ong Paratodos, Marina Maciel.
Com foco em artistas periféricos, o Prêmio de Residência e Mentoria Artística Veneza Teimosa lança artistas como Amori, Brenda Bazante, Bubu, Jean Carvalho, Kadu Xukuru, Rayana Rayo, Tereza Pernam e Thais Barreto. Idealizada pelo curador de arte, Aslan Cabral, e pela historiadora da arte, Monica Bouqvar, as preparações para a Exposição Veneza Teimosa iniciaram ainda em 2021, com a seleção de artistas locais para treinamento e incentivo para criação de obras.
"Nós fomos os curadores de artistas que estão mais à margem da sociedade. O Prêmio de Arte Contemporânea foi em busca de minorias. Tivemos mais de 100 inscritos, escolhemos oito e destinamos valor para apoiar criações artísticas. Nosso intuito é impulsionar a arte e apoiar pessoas que precisam de incentivo", declarou Monica Bouqvar.
O título do projeto Veneza Teimosa tem como referência a comparação histórica e controversa entre as cidades de Recife e Veneza, e a Teimosia, elemento fundamental para resistência de levantes culturais e para o enfrentamento de abusos de poder, como no caso da comunidade Brasília Teimosa.
"Diversidade, além de um elemento político, também é um conceito artístico. Com efeito, o recorte do programa Veneza Teimosa serve como vetor cultural", conta Aslan. "Quem visitar a exposição poderá expandir, junto com todo mundo que fez parte da residência, seus parâmetros de arte, bem como entrar em contato com artistas os quais o Brasil ainda vai conhecer, nos próximos anos", complementou Monica. A mostra, que vai até 9 de maio, tem entrada gratuita.
Da assessoria