Heitor Martins, o Pit Bitoca, revela detalhes de sequestro

O intérprete de Pit Bitoca caiu em um golpe quando marcou um encontro com uma moça que conheceu em um aplicativo de relacionamentos

seg, 15/08/2022 - 12:49
Reprodução/Instagram Heitor Martins ficou quatro dias em poder dos criminosos Reprodução/Instagram

Pela primeira vez, o humorista Heitor Martins revelou detalhes de seu sequestro durante entrevista ao Domingo Espetacular. O programa informa que o intérprete de Pit Bitoca caiu em um golpe quando marcou um encontro com uma moça que conheceu em um aplicativo de relacionamentos. Ele ficou quatro dias em poder dos criminosos enquanto eles invadiam a sua casa e saqueavam objetos de valor.

Durante a conversa, ele contou como tudo aconteceu:

- Na hora que eu desci do carro, surgiu dois pela frente e dois por trás armados. Eu achei a principio que iam levar o carro, então a minha reação na hora foi abaixar a cabeça e levantar a chave do carro. Mas aí eles colocaram a minha camisa por cima do rosto e me colocaram no vão entre o banco de trás. Ficou um de cada lado e dois dirigindo. Só um falou para eu ficar quieto que eles só queriam dinheiro, que nada ia acontecer se eu colaborasse.

No entanto, outro fator causava imensa preocupação em Heitor.

- Eu tenho deficiência auditiva severa. Esse lado esquerdo, eu não escuto nada. O direito até uns 20 por cento. Então, no momento que ele me pegou eu já falei na hora: Olha, eu sou surdo. Porque o meu medo na hora foi ele falar uma coisa e eu responder outra, e acabar morrendo.

As pessoas próximas ao humorista estranharam o sumiço, pois deixou de atualizou as redes sociais. Além disso, ele ia viajar com um amigo, mas os sequestradores pegaram seu celular e mandaram mensagens informando que havia desistido e também passaram a responder todos que o tentavam contatar. No segundo dia, os criminosos já haviam limpado a conta bancária do artista. Não suficiente, pediram a chave da casa e a invadiram.

- Quando eles falavam, o revólver estava na minha barriga ou na minha cabeça.

Heitor passou os quatro dias amarrado, com os olhos vendados e sem poder ir ao banheiro.

- Fiquei jogado num quartinho, num colchão. Estava vendado e amarrado, igual um camarão. Teve um determinado momento que eu pedi pra ir ao banheiro e eles negaram: Faz aí mesmo. Fiz xixi nas calças e evitei comer. Ele colocou o revólver na minha boca e disse que se eu não comer, iria tomar bala. Daí dei umas três mordidas em um pão com mortadela que ele deu e fiquei de boa.

Em certo momento, ele achou que sua vida acabaria ali.

- Eu achei que eu ia morrer, porque ele não falou nada. Eles pegaram uma faca para cortar a corda que unia minha perna e o meu braço. E, naquele momento, eu pensei: vai ser de facada, né? Eu fiquei quieto, eles não falaram nada. Cada um me pegou de um lado, me jogaram em um carro. De repente o carro para, a porta abre e eu sou arremessado que nem um saco de lixo. Caí de cara no mato e como eu não escuto, fiquei com medo de levantar e fiquei parado lá vendado e pensei: Agora a bala vem.

Cerca de dez minutos após ser despejado, ele tirou a venda e viu o seu carro pegando fogo. Os sequestradores haviam fugido e Heitor pediu socorro.

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