Relembre a vida de ativismo de Rosa Parks

Nesta semana, marcada pelos 17 anos do falecimento da ativista, relembramos sua luta pelos Direitos Civis das populações negras dos Estados Unidos

por Matheus de Maio ter, 25/10/2022 - 15:58
Foto/Reprodução: Domínio Público Foto/Reprodução: Domínio Público

Rosa Parks foi uma cidadã norte-americana que marcou sua época na década de 1950 como um símbolo de resistência contra o racismo e pela luta por direitos civis. Parks ficou famosa por realizar um ato de desobediência civil, quando se recusou a ceder seu assento em um ônibus público para um homem branco, no Alabama.

A ação de Parks repercutiu em nível nacional e deu início a um forte movimento de luta por direitos civis dos negros dos Estados Unidos, elevando à cena pública personalidades históricas como Martin Luther King Jr. 

A segregação racial foi uma constante na vida de Rosa. Desde criança, teve de lidar com os estigmas e preconceitos de sua época. Em sua fase escolar, ia ao colégio a pé, uma vez que os ônibus escolares, que eram exclusivos para alunos brancos. Essa foi uma de suas primeiras experiências negativas e contato com o racismo muito presente na sociedade norte-americana à época.

Rosa Parks não foi pioneira em suas ações, pois a luta por direitos civis já era presente no debate público norte-americano. Entretanto, suas ações serviram de catalisador que mobilizou a população negra dos Estados Unidos a posicionar-se contra a segregação racial.

Parks sofreu diversas ameaças a sua vida e acabou sendo demitida. Para proteger-se e garantir seu anonimato, ela se mudou para Detroit, onde passou o resto de sua vida. O engajamento da população negra deu certo e, um ano depois, a segregação racial em ônibus foi proibida pela Suprema Corte do país. Além disso, suas ações tensionaram a luta contra o racismo nos Estados Unidos, que permaneceu muito forte durante toda a década de 1960.

Em Detroit, Rosa refez sua vida. No estado, trabalhou durante seus últimos anos para John Convers, um congressista negro, na função de secretária. Durante as décadas seguintes, a ativista permaneceu diretamente ligada à luta contra o racismo nos Estados Unidos, se aposentando oficialmente em 1988.

Em 1999, recebeu uma das maiores homenagens dos Estados Unidos, a Medalha de Ouro do congresso norte-americano. Essa foi uma forma que o governo de Clinton viu para reconhecer as contribuições de Rosa Parks para a promoção da justiça racial nos Estados Unidos. Parks permaneceu casada com seu marido até 1977 e eles nunca tiveram filhos. Rosa faleceu no dia 24 de outubro de 2005, em Detroit.

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