O Décio Vitta, no interior paulista, recebeu nessa terça-feira (11) uma das partidas mais fracas tecnicamente da Série B. O Náutico, escalado com quatro volantes, preocupado demasiadamente com a marcação, e o Americana sem conseguir criar ofensivamente, apesar da pressão. Resultado? Um placar sem gols e um jogo sem emoções.

Com o empate as equipes podem ver a diferença para as equipes fora do G4 reduzir para três pontos com o complemento da rodada. O próximo compromisso do Timbu será nos Aflitos, contra o Vila Nova. Mais uma chance para a reabilitação na competição, já que um resultado negativo pode tirar o clube pernambucano do grupo que retorna para primeira divisão em 2012.

O JOGO

O treinador Waldemar Lemos surpreendeu, mais uma vez na escalação. Bastava saber de forma positiva ou negativa. Duas mudanças na equipe e uma alteração brusca no sistema tático. O lateral-esquerdo Jeff Silva foi “barrado”, sem motivos aparentes, e Aírton ficou com a camisa 6. Já a outra totalmente inesperada e predominante para a postura do Timbu na partida. Rogério, atacante e com características de velocidade, foi substituído por Lenon, volante, fixo e lento.

E não foi necessário muito tempo para que o equívoco do comandante alvirrubro fosse notado. Toda a primeira etapa foi marcada pela pressão da Americana. Sem muitas chances, mas sempre jogando no campo ofensivo, explorando as bolas paradas e chutes de fora da área. Em uma dessas jogadas, aos 13 minutos, o raio laser (que vem se tornando uma dor de cabeça no futebol brasileiro) quase muda o placar.  Fumagalli bateu escanteio, Gideão foi atrapalhado, saiu errado, e após a confusão, a bola passou perto.

Sem muitas emoções no primeiro tempo, o destaque ficou para os comentários – e justificativas – do superintendente de futebol Carlos Kila e do treinador Waldemar Lemos. O “grande culpado” para a escalação de quatro volantes e da postura defensiva era apenas um: o vento. Segundo os alvirrubros, o Décio Vitta é atingido de forma demasiada pelas brisas, era necessária de uma adaptação.

Com a coerência da adaptação, nada de alterações para a segunda etapa. Consequentemente a história também continuou sendo repetida. Aos 17 minutos, Jonatas recebeu excelente lançamento e perdeu a melhor oportunidade até então. O atacante do Americana saiu cara a cara com Gideão que salvou o Timbu.

Na primeira alteração, mais uma vez a coerência. Elicarlos, volante, pediu para sair e no lugar dele entrou o jovem Nilson. “Curiosamente”, outro defensor. A equipe paulista seguiu pressionando e assustando a meta do Náutico. Porém, os donos da casa não estavam inspirados o suficiente para tirar o zero do placar. Ah, claro, e antes de terminar mais uma alteração “ousada” de Waldemar Lemos: Rogério no lugar de Eduardo Ramos. Rogério que, por sinal, perdeu a melhor oportunidade da partida. Após cruzamento de Aírton, o atacante alvirrubro perdeu o tempo da bola e, livre, não acertou a bola na hora do chute.

Ficha de jogo

Americana - Jailson; Luiz Felipe (Paulo César), Jorge Luiz, Thiago Gomes e Magal; Alê, Valber Mendes, Léo Silva e Fumagalli; Jonatas e Clodoaldo (Marcinho). Técnico: Sérgio Guedes

Náutico - Gideão;Peter, Ronaldo Alves, Diego Bispo e Aírton; Elicarlos (Nilson), Everton, Derley, Lenon e Eduardo Ramos (Rogério); Kieza. Técnico: Waldemar Lemos

Cartão amarelo: Kieza, Elicarlos (Náutico) Jorge Luiz, Clodoaldo (Americana)

Local: Estádio Décio Vitta, em Americana/SP 

Árbitro: André Luiz de Freitas Castro/GO Assistentes: Cristhian Passos Soorence e Evandro Gomes Ferreira (ambos de GO)