O Comitê apurava denúncia de corrupção em projeto referente a Copa do Mundo José Cruz/ABr

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, informou, nesta terça-feira, que a investigação que apurava a ligação do ex-mandatário da FIFA, João Havelange, em um esquema de corrupção envolvendo uma empresa de marketing. Segundo Rogge, dias antes da audiência que analisaria a sua conduta, Havelange renunciou a cargo.

O brasileiro é suspeito de envolvimento em favorecer a empresa ISL, que prestou serviços a FIFA no início da década passada. João Havelange teria recebido propina da empresa para que ela fosse responsável pela parte de marketing da Copa do Mundo.

De acordo com o Presidente do COI, Havelange, que passou 48 anos na entidade, alegou problemas de saúde para deixar o cargo. Além do brasileiro, mais dois dirigentes estavam sob investigação. O chefe da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack e Issa Hayatou, de Camarões.

Após escândalos de suborno, que resultaram na expulsão de quatro membros do COI por receberem dinheiro para votarem na cidade norte-americana de Salt Lak City, para receber os jogos de inverno de 2002, o COI vem fazendo duras campanhas para evitar casos de corrupção dentro do esporte. Caso seja condenado pela comissão de ética, João Havelange, hoje com 95 anos, pode ser expulso do comitê olímpico.