Magrão e Gideão: barreiras difíceis de transpor

Rubro-negros e alvirrubros não têm o que reclamar dos seus respectivos goleiros

dom, 29/04/2012 - 09:14

Todo grande time começa por um grande goleiro. Essa frase é mais uma das “verdades absolutas” do mundo futebolístico. No decisivo Clássico dos Clássicos, neste domingo, na Ilha do Retiro, as equipes não são brilhantes. Muito pelo contrário, correm contra o tempo para chegar à Série A em melhores condições técnicas e táticas. Porém, tanto para competição nacional, quanto para o restante do Campeonato Pernambucano, Sport e Náutico já contam com a primeira peça para o “grande time”: o “grande goleiro”.

Mesmo com a má fase vivida pelos rivais em 2012, Magrão e Gideão são espécies de "santos" perante torcida, crônica e direção. A hipótese de perderem a camisa 1 é praticamente nula, mesmo com boas sombras no banco de reservas. No Sport, o jovem Saulo, que passou pelas categorias de base da Seleção Brasileira, espera ansiosamente o momento de assumir a titularidade rubro-negra. Do outro lado, Felipe espera apenas um vacilo do companheiro para ganhar a preferência alvirrubra. Afinal, o também jovem arqueiro, ex-Santos, chegou com status de estrela, com um dos maiores salários do elenco.

Enquanto os reservas sonham com uma chance, Magrão e Gideão seguem escrevendo os nomes na história do futebol pernambucano. Os 35 anos, o arqueiro do Leão da Ilha já acumula 377 jogos com a camisa rubro-negra, além da conquista cinco estaduais, uma Copa do Brasil e uma participação na Libertadores da América. Gideão ainda não ergueu nenhuma taça pelo Timbu. Também não chegou a marca de 100 jogos com as cores alvirrubras. Apesar disso, é o dono da meta e, pelo menos no campo da idolatria, segue os passos de Magrão. Afinal, um ídolo não se faz apenas de títulos.

No Campeonato Pernambucano 2012 os números estão a favor dos arqueiros, mesmo com os criticados sistemas defensivos. Os rivais sofreram 23 gols cada (o Sport levou 22 na primeira fase e um na primeira partida da semifinal, enquanto as redes do Náutico foram balançadas em 21 oportunidades na parte inicial do Estadual e duas na semi). Estatística inferior apenas a do Salgueiro, que foi vazado em 20 oportunidades.

Ou seja, a média é de um gol sofrido por partida. Missão ainda mais complicada para o Náutico. Com a derrota por 2x1, os alvirrubros precisam vencer por dois gols de diferença, já que tiveram uma classificação inferior. Porém, futebol não é analisado por lógica. Magrão e Gideão têm uma boa chance para provar isso. A classificação para a final do Pernambucano e uma boa campanha na Série A começou e continuará sendo construída nas mãos dos goleiros.

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