Se existe alguém que espera ansiosamente pelo fim do Campeonato Pernambucano, este alguém são os árbitros. O quadro local nunca foi tão comentado em uma competição quanto nesta temporada. A cada rodada era um novo capítulo sobre a polêmica falta de qualidade nos juízes pernambucanos.

O último capítulo a ser escrito será neste domingo (13), com a final do Pernambucano 2012, entre Sport e Santa Cruz, na Ilha do Retiro. O responsável por apitar o Clássico das Multidões será o mineiro Sandro Meira Ricci, que até o início da temporada pertencia ao quadro de árbitros do Distrito Federal e foi chamado para integrar o quadro local e tentar ‘apagar o incêndio’ causado pelos juízes locais.

Desde a aposentadoria de Wilson Souza de Mendonça, Pernambuco não tinha um árbitro da FIFA. Meira Ricci, portanto, veio para representar o estado no quadro da entidade máxima do futebol mundial. Considerado um grande árbitro do futebol nacional, ele foi sorteado para a decisão. Porém, nem mesmo o experiente árbitro brasileiro, com várias participações em Libertadores, escapou das críticas.

Com a anulação de um gol no legal do Náutico, no último clássico com o Sport, pelas semifinais, Ricci foi crucificado pela diretoria do Timbu, mesmo que a responsabilidade do ato tenha sido do assistente Jossemmar Diniz. Tanto que o juiz continuou sendo criticado até esta semana, pela diretoria do Santa Cruz, que não aprovou a escolha dele e queria um árbitro que está há mais tempo no estado.

Num campeonato que sobraram erros de arbitragem, fica complicado escolher alguém que tenha se destacado. Mas pode-se dizer que Neílson Santos, que recentemente apitou o seu primeiro clássico e agradou tanto tricolores como rubro-negros, também se destacou, apesar de algumas falhas na fase classificatória. Outro que também se destacou e estava sendo cogitado para atuar na decisão foi Sebastião Rufino Filho, que recebeu alguns elogios das diretorias dos clubes.