Trajetória teve muitos obstáculos
Tricolor volta a conquistar o bicampeonato na Ilha do Retiro, após 25 anos
Embalado pelo título do ano passado, o Santa Cruz, diferentemente dos últimos anos, era apontado como um dos favoritos à conquista do Campeonato Pernambucano 2012. Apesar de estar numa situação mais complicada dentre os times da capital, já que se encontra na Série C do Brasileiro, a equipe de Zé Teodoro recuperou o prestígio e a credibilidade. O Tricolor do Arruda conquistou seu segundo troféu consecutivo em cima do Sport.
No decorrer do campeonato, contudo, ficou claro que o Leão estava mais arrumado tecnicamente do que a Cobra Coral. O time rubro-negro precisou apenas de quatro rodadas para entrar no G4, além de liderar o torneio durante a reta final. O tricolor, por sua vez, só foi se encaixar definitivamente no grupo que avança à 2ª fase na 16ª etapa. Após o sacrifício, o time encaixou uma sequência de oito vitórias consecutivas e se garantiu nas semifinais. O próximo passo seria eliminar o Salgueiro, que liderou durante a maior parte do Estadual.
O Carcará até que tentou complicar a vida do adversário no primeiro jogo, vencendo por 2x1 no Cornélio de Barros. Na partida de volta, entretanto, o Santa Cruz acabou com as chances da equipe sertaneja após Dênis Marques marcar o terceiro gol na vitória por 3x1 aos 44 minutos do segundo tempo, no Arruda. Já ciente de que enfrentaria novamente o Sport na final, Zé Teodoro repetiu a mania de fechar os portões do estádio em dias de treinos. E deu certo.
Esta foi a 22ª vez que os rivais se encontraram na final do Campeonato Pernambucano. Destas, o Sport tem uma pequena vantagem, pois levou o título em 12 ocasiões, duas a mais que o Santa. Nos confrontos deste ano, o Leão também leva a melhor. Dos quatro duelos, o Rubro-negro venceu dois (na 1ª fase), empatou um e perdeu outro (final). No entanto, a única vitória do Tricolor sobre os rivais valeu o bicampeonato e o 26º em toda a história do clube.
O novo triunfo do Santa Cruz também marca a sétima vez que o clube levanta uma taça em solos rubro-negros. Mas esta edição foi especial. Além de jogar contra o favoritismo e na casa do adversário, a equipe de Zé Teodoro estragou a festa do Sport, que completou 107 anos de existência justamente neste domingo, dia da grande final.