Durval: passado, presente, futuro e promessa

Após primeira partida pela Seleção Brasileira, zagueiro fala sobre essa conquista e garante que pretende encerrar a carreira no Sport

por Victor Bastos sex, 23/11/2012 - 18:45

São dez títulos estaduais consecutivos – um recorde no país –, uma Série B, duas Copas do Brasil, uma Libertadores. Nesta quarta, como debutante na Seleção Brasileira, o primeiro título com o Superclássico das Américas. A carreira do zagueiro Durval é, indiscutivelmente, vitoriosa. Porém, a maior conquista nesses 13 anos como atleta profissional pode ser resumida com duas frases.

“Nunca vou esquecer esse dia” e “tem muita coisa dura em ser técnico da Seleção, mas tem muita coisa boa e uma delas é ver os olhos de um jogador como esse”, em tons sinceros, marcaram a zona mista logo depois do título na La Bombonera, em Buenos Aires. De fato, Durval e Mano Menezes, respectivamente, têm razão nas declarações.

O defensor não trocou a camisa, essa, ele garante, irá direto para um quadro. A resposta para as críticas sobre a convocação veio dentro de campo. O bom desempenho abre o horizonte para que, até então, estava praticamente conformado com a distância de atuar pela Seleção Brasileira.

Aos 32 anos, Severino dos Ramos Durval da Silva reconhece que é difícil disputar a Copa do Mundo de 2014. Entretanto, mais do que nunca, mostrou que não é impossível. Querendo ou não, fica difícil não recorrer a Euclides da Cunha: “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Esse ilustre filho da pequena Cruz do Espírito Santo, na Paraíba, mostra cada vez mais isso.

Gratidão e torcida pelo Sport: “eu pretendo encerrar lá”

Em quatro anos vestindo as cores rubro-negras, foram 234 jogos, 39 gols, quatro títulos estaduais, uma Copa do Brasil, a alcunha de Xerifão e o status de ídolo. De 2006 a 2009 Durval construiu uma relação de amor e gratidão com o Sport.

Depois de um dos momentos mais importante da carreira, foi inevitável não lembrar da passagem pela Ilha do Retiro. “(O Sport) Tem bastante participação, conquistei várias coisas lá, joguei vários anos e de lá fui para o Santos. Se não tivesse ido bem não teria sido contratado pelo Santo e hoje na Seleção”, disse.

Com o clube pernambucano lutando contra o rebaixamento, o zagueiro mandou um recado para a torcida. “Espero que possam ter um final de ano com muitas alegrias, pois até agora foi apenas sofrimento. Estou torcendo bastante para ficar na primeira divisão, será um grande presente para mim e para nação rubro-negra”, afirmou.

Entretanto, o recado mais importante para os torcedores do Sport foi passado quando questionado sobre a recorrente dúvida: será que volta? “Olha, se o Sport quiser, sinceramente, eu pretendo encerrar a carreira lá”, prometeu.

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