Chã Grande quer conquistar seu espaço

Com apenas três anos, time do agreste é o mais novo da primeira divisão

por Geraldo de Fraga qua, 16/01/2013 - 21:46

O caçula do campeonato disputará a Série A1 pela primeira vez na sua história com um monte de problemas. O Chã Grande começou a pré-temporada bastante atrasado. Os atletas só se apresentaram ao treinador Paulo Júnior no dia 2 de janeiro.

“Vamos ter dificuldade e teremos que queimar etapas de preparação por causa desse atraso”, conta o técnico. “Com esse pensamento de que o primeiro turno não vale nada, a diretoria optou por só apresentar o time agora”, reclama. “Pelo menos não veio ninguém acima do peso”, comemora.

Segundo o diretor de Futebol, Carlos Neves, o problema foram as festa de final de ano. “Depois da Série A2, demos férias aos jogadores. Então no fim de ano, deixamos eles ficarem com a família”, confessa.

Paulo Júnior afirma que não tem grandes pretensões no campeonato. “Vamos brigar pela zona intermediária. Se entrar pensando em não cair, cai. O G4 é uma pretensão distante, mas vamos ver se dá no segundo turno”, revela.

Chã Grande é mais um time sem casa

Assim como o time do Pesqueira, o Chã Grande não poderá jogar em sua cidade. O estádio Municipal Ewerson Simões Barbosa (Barbosão) não passou na vistoria da Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Sendo assim a equipe de Paulo Júnior mandará seus jogos em Vitória de Santo Antão.

“Atrapalha muito, pois temos um campo muito bom aqui. Então vamos treinar em um gramado ótimo, mas jogar em um péssimo”, critica. “Também é ruim jogar longe da torcida. Aqui sempre é casa cheia. Espero que o torcedor de Vitória adote a gente como time de coração”.

“Vitória é perto. Temos certeza que não será problema para nossa torcida ir lá nos apoiar. Nós fomos a maior renda de público na Série A2 nos últimos três anos. Chã Grande gosta de futebol”, afirma Carlos Neves.

Meias armadores são as esperanças do time

Paulo Júnior aponta como principal setor do Chã Grande, o seu meio-campo. E os armadores Thiago e Mizael, que já jogam juntos desde o ano passado, são as armas do treinador.

Thiago, de 29 anos, tem bagagem, já disputou a primeira divisão do Pernambucano pelo Sete de Setembro, Salgueiro e Náutico. “Agora é diferente, é um time que está disputando pela primeira vez” admite. Pela Série A2 do ano passado, ele mostrou eficiência ofensiva. “Marquei 11 gols. Chego bem na área, mas meu estilo é mais cadenciado”.

A velocidade do setor fica por conta de Mizael, de 26 anos. “Sou rápido e ele cadencia. Vem dando certo até agora”, fala. “Na primeira divisão a responsabilidade é maior, mas renovamos por ter identidade com o time”, explica.

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