Presidente do Náutico explica saída de Kieza

Paulo Wanderley afirmou que proposta era irrecusável

por Victor Bastos dom, 24/02/2013 - 19:15
Clálio Tomaz/LeiaJáImagens

Curiosamente, um misto de satisfação e impotência. Nada de frustração. Esses foram os sentimentos externados pelo presidente Paulo Wanderley, neste domingo (24), em entrevista coletiva, explicando a negociação do atacante Kieza para o Shandong Luneng, da China.

“É um extraordinário jogador e nos ajudou muito, mas a proposta feita era irrecusável para o grupo de investidores e para o atleta. Não tínhamos condições de cobrir”, lamentou o mandatário, completando que o problema não era a questão salarial. “A nossa proposta salarial era maior do que ele vai ganhar na China, o problema eram os direitos econômicos”, disse.

De acordo com Paulo Wanderley, o Náutico estava disposto a bancar 50% dos direitos do atleta, algo em torno de R$ 3 milhões. Entretanto, os empresários mudaram os rumos da negociação e cobraram R$ 6,5 milhões. “Nós analisamos, vimos que era possível, mas quando voltamos para conversar eles mudaram tudo. Ficou inviável”, contou.

O presidente do Náutico também fez questão de falar algumas vezes que o clube será ressarcido financeiramente. “Quero deixar a torcida tranquila, pois o clube será recompensado”, afirmou, sem revelar os números da transação.

REPOSIÇÃO

Antes da partida que o Náutico goleou o Petrolina por 8x0, nos Aflitos, o treinador Vagner Mancini disse que dificilmente acharia um substituto à altura de Kieza. Entretanto, o próprio técnico e o presidente, Paulo Wanderley, adotaram outro discurso após a vitória.

“Discordo. Acho que tem grandes atletas no mercado e o Náutico é vitrine. Antigamente tinha que bajular jogador, hoje todos querem atuar aqui. Se tivermos dificuldade o mercado todo terá”, justificou. “A gente nunca quer esse tipo de coisa, mas é página virada. Se foi melhor para ele e para o Náutico temos que entender e tocar a vida. Vamos buscar o substituo, esteja ele aqui ou se virá de fora”, completou Mancini.

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