As péssimas condições do Lacerdão
As atuais condições do estádio Luiz José de Lacerda, em Caruaru, são deploráveis. Trabalhando ou torcendo, o fim é o mesmo. Não é bom para ninguém. Longe disso. O pomposo (de tamanho) Lacerdão – o maior do interior do Norte e Nordeste com capacidade para quase 20 mil torcedores – padece com o futebol da cidade.
Sem uma ajuda efetiva da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e com os principais clubes de Caruaru (Central e Porto) amargando anos no ostracismo, o Lacerdão pede ajuda. Não é autossuficiente.
Imprensa, jogadores, torcedores, policiais, comerciantes... Ninguém escapa da estrutura precária do estádio. O péssimo gramado prejudica a qualidade técnica da partida. As cabines de imprensa são vergonhosas. Falta o básico: banco (os poucos tamboretes são insuficientes) e tomadas com energia. Para completar, a fiação é exposta e a escala de acesso é, praticamente, uma “roleta russa”.
Além disso, a coletiva de imprensa é improvisada dentro do gramado e o sistema de som segue em alto (e desagradável) som. Quase uma boate.
Os torcedores também sofrem. Impossível pensar em acessibilidade. No fim das partidas, a escuridão toma conta dos gigantes degraus. Um perigo. Sem contar com o chão inundado de urina.
Obviamente não existe ilusão ou pedido para estrutura de uma moderna arena na agradável e, sem dúvidas, uma das mais desenvolvidas cidades do interior. Entretanto, é fundamental que os frequentadores do Lacerdão recebam, no mínimo, respeito.
*As fotos foram tiradas na semifinal do Campeonato Pernambucano 2013, neste domingo (21), antes da vitória por 5x1 do Sport contra o Ypiranga