Hóquei do Sport tem guerreiros dentro e fora de quadra

Bruno Matos e Neto acumulam funções no departamento rubro-negro e contribuem para a modalidade na Ilha do Retiro

por Clauber Santana sab, 16/11/2013 - 07:07
Sérgio Ramos/LeiaJáImagens Rubro-negros tentam título inédito na Europa Sérgio Ramos/LeiaJáImagens

Da luta vem a vitória. E eles lutam – dentro e fora de quadra - para manter um sonho vivo, mesmo diante das dificuldades. Bruno Matos é técnico e atua como médio no time de hóquei do Sport. Neto é diretor de departamento da modalidade e atacante. Juntos e com o apoio de outros rubro-negros transformaram um sonho em realidade: vão disputar a final da Taça Intercontinental. A partida será neste sábado, às 13h (horário do Recife), em Lisboa, contra o Benfica, atual campeão europeu.

Tão importante quanto suas habilidades em quadra, Bruno e Neto são exemplos fora ao conciliar as duas funções. O técnico é um dos principais jogadores da equipe, mas sabe o momento em que pode ajudar mais. “Se me sinto bem, priorizo ser atleta. Mas, se não tiver bem, fico como treinador orientando”, afirmou o camisa 8 do Leão.

Como está implícito a quem veste o manto rubro-negro, Bruno Matos tem como características principais a raça e eterna vontade de vencer. Só que ao assumir o cargo de treinador, ele precisa saber aliar não só as funções, mas também as emoções. “Tenho que ser mais racional como técnico. Às vezes, saio de quadra para observar melhor e ainda tenho de tranquilizar os jogadores para colocar o time com a cabeça no lugar”, comentou. 

O atacante Neto também tenta e consegue agregar as atividades de jogador e diretor do departamento de hóquei. É com ele que o Sport tenta chegar ao seu título mais importante, contudo, não se considera parte única neste projeto. “Jogo há 24 anos e me tornei diretor porque o tempo foi passando e resolvi ajudar. Porém, muitos atletas e colaboradores contribuem. Sou apenas mais um membro da família do hóquei do Sport”, afirmou o jogador-dirigente.

Bruno Matos e Neto agora se veem próximo de um sonho que até pouco tempo era impossível. Para se ter uma ideia do feito do Sport, apenas o Sertãozinho, em 1992, chegou à Taça Intercontinental representando o Brasil e foi vice. Trazendo para o futebol, é como a antiga final do Mundial de Clubes que reunia o campeão da Libertadores e o da Liga dos Campeões. No hóquei, o Leão conquistou o Sul-Americano em 2012, diante do San Lorenzo, e o Benfica ficou com a Liga Europeia ao derrotar o rival Porto. 

Com esta oportunidade única, apesar do abismo de profissionalismo existente entre os dois continentes, é possível trazer a taça inédita para o Brasil. E uma característica enraizada no Sport pode ser o diferencial. “Podemos nos sobressair na raça como aconteceu no Sul-Americano. Conquistamos o título como zebra, na Argentina. Por que não fazer o mesmo lá? Temos que dignificar a camisa do Leão e vamos ver o que acontece”, disse o esperançoso treinador.

Corroborando com a opinião de Bruno Matos, o diretor de hóquei reafirmou a importância do jogo em Portugal e ainda relembrou o lema do Leão em todos os esportes. “A expectativa é única, é um sonho que pode se realizar. O hóquei do Sport não desiste e o nosso lema é que da luta vem a vitória”.

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