Ídolos se reencontram no Arruda em adeus a Henágio

Jogadores símbolos do futebol pernambucano e amigos de Henágio foram a velório nesta segunda (26)

por Lívio Angelim seg, 26/10/2015 - 21:15

Henágio marcou a história no Santa Cruz. Meia habilidoso, cobrador de falta e que deu muitas alegrias aos tricolores, como o Tri-Super, conquistado em 1983. O corpo do ex-jogador voltou pela última vez ao Arruda, no Recife, na noite desta segunda-feira (26). Apesar do luto, o ambiente esteve repleto de boas lembranças das jogadas e das histórias do craque. Todas contadas por outros ídolos corais e fãs do sergipano, que chegou a ser apontado como "o sucessor de Zico" no Flamengo de 1987.

Estiveram no Arruda ex-jogadores conterrâneos como o atacante Ramon, o goleiro Luís Neto, o zagueiro Valdemir Alves e o técnico Bagé. Além do ex-atleta Ataíde Macedo, que estava trabalhando com Henágio na categoria de base do Santa Cruz.

Terceiro maior artilheiro da história do Santa Cruz, Ramon relembrou quando atuava com o sergipano. “Joguei ao lado de Henágio e ele já me colocou muito na cara do gol. Às vezes, quando eu perdia ficava chateado, claro. Ele me olhava e sempre dizia, ‘não posso fazer nada”, contou o atacante.

Bagé relembrou confrontos contra Henágio e conta com orgulho: “Tive o prazer de jogar contra ele. Foi um dos maiores meias que o Brasil produziu e eu posso dizer de boca cheia que marquei ele em um jogo”.

Um dos maiores ídolos da Náutico e também ex-jogador do Santa Cruz, o lateral direito Gena, hexacampeão pernambucano lembrou que o sergipano foi “um jogador muito habilidoso, ele era tão bom que o pessoal comenta que ele chegou já pedindo a camisa 10, que era de Zico, já pensasse?”.

Contemporâneo e amigo pessoal de Henágio, o ex-goleiro Luís Neto esteve com o companheiro no último sábado. “Fizemos uma confraternização, uma pelada para jogar bola e rever os amigos. Ele passou mal, levamos à UPA, aonde ele foi medicado e recebeu alta. Mas no domingo, voltou a sentir dores e foi encontrado na segunda-feira já sem vida.

Luís Neto relembrou do amigo e apontou como diferenciado no meio futebolístico: “Era uma pessoa maravilhosa. No futebol, a agente sabe que ninguém agrada a todo mundo. Mas ele era um cara que se dava bem em qualquer lugar. Não conheço nenhum desafeto dele, tanto que todos os que puderam fizeram questão de vir aqui”. 

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