Feminino: times precisam vencer a ausência de calendário
Em uma situação financeira mais complicada, o Vitória ainda não tem nada confirmado e depende do esforço de seu presidente para se manter
Passado o Brasileiro, no qual Sport e Vitória de Santo Antão não seguiram para as próximas fases, e o Campeonato Pernambucano, decidido neste sábado (1º), os clubes pernambucanos agora buscam maneiras de seguir em atividade no segundo semestre deste ano. Como a Confederação Brasileira de Futebol criou as Séries A1 e A2 do Brasileiro e estendeu o torneio, a Copa do Brasil saiu do calendário do futebol feminino. Resultado: as equipes não terão jogos oficiais até 2018.
"Competições oficiais a gente não tem. Temos planos para campeonatos dentro do Nordeste, um já confirmado para novembro e outro para se confirmar em setembro. Infelizmente, o feminino vive um momento de transição positiva, mas ainda precisa de ajustes, um deles é o calendário", afirmou o treinador do Sport, Jonas Urias.
Em uma situação financeira mais complicada, o Vitória ainda não tem nada confirmado e depende do esforço de seu presidente para se manter. O técnico Diego Melo espera que a repercussão da final ajude a conseguir mais atenção para a modalidade. Inclusive da própria Federação Pernambucana de Futebol, que ao ver do comandante ainda não é suficiente.
"A gente sabe que o calendário está parado até o ano que vem. Entrei em contato com o presidente para que possamos disputar campeonatos e não deixar as meninas paradas. E vamos torcer que as pessoas possam incentivar mais o futebol feminino, a gente viu um público grande. Por que não levar essa final para a Arena? Tem que haver mais atenção, a Federação tem que melhorar muita coisa, porque tem que começar de cima para os clubes terem força e crescer", comentou.
A solução para o hiato entre competições pode vir da própria FPF. De acordo com o diretor do departamento de futebol amador da federação, Jorge Vieira, é provável que um novo torneio seja realizado em Pernambuco. "Infelizmente nossos times ficaram pelo caminho no Brasileiro, mas estamos estudando realizar uma Copa ainda este ano, após setembro, para movimentar estas atletas. Seria algo curto, de dois meses para dar visibilidade às mulheres do nosso futebol", contou o dirigente.
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