Martelotte diz que Santa precisa manter a calma no final

Treinador entende que equipe costuma se desorganizar com situações de jogo. Contra o Ceará, tal atitude quase custou o empate

por Renato Torres ter, 26/09/2017 - 22:10
Chico Peixoto/LeiaJáImagens Santa Cruz apenas empatou em casa com o Ceará Chico Peixoto/LeiaJáImagens

Não é comum celebrar empates, principalmente quando se trata de um jogo em casa. Porém, da forma que as coisas aconteceram no duelo entre Santa Cruz x Ceará nesta terça-feira (26), acabou sendo melhor para os tricolores somar um ponto. Em um confronto de muitas oportunidades, onde o goleiro Julio Cesar foi quem brilhou no final, nem mesmo a torcida ficou chateada com o que viu em campo.

"Entendo que o torcedor vem ao estádio para assistir jogos assim e, por isso, sei que ele não saiu totalmente satisfeito, porém mostramos que seguimos no caminho certo. De uma maneira geral, é o nível que precisamos buscar, de entrega, qualidade, chances criadas e participação de todos. Há detalhes para corrigir, principalmente contra times qualificados que é o caso dos próximos jogos. Precisamos corrigir o desespero dentro do jogo, a desorganização. Não podemos, com um ponto garantido, perder a tranquilidade na reta final, foi o que me deixou mais preocupado. Fico satisfeito pelo grande jogo, um duelo que nem parece algum time do G4 contra um time da zona do rebaixamento", afirmou o técnico Marcelo Martelotte.

Impossível não notar a boa presença do arqueiro coral. Já no último minuto, ele cresceu para evitar que Arthur transformasse um empate disputado em uma derrota dolorida. Algo que o comandante vê como parte do crescimento individual de Julio e coletivo da defesa que sofreu apenas um gol nos últimos quatro jogos. 

"Os dois goleiros foram muito bem, o que é sinal do nível da partida. Participação fundamental no resultado do jogo. O Julio foi importantíssimo, principalmente nessa última chance. Fico satisfeito com o crescimento dele, que é pessoal, individual, que vai junto à nossa defesa, bem menos vazada, mais segura. Esse é um número importante para alcançar nossos objetivos, precisamos de um setor defensivo funcionando assim para chegar ao número ideal de pontos no final", contou Marcelo.

Martelotte ainda teve que enfrentar algumas vaias quando optou pela entrada de Wiliam Barbio no segundo tempo. Porém entende que as substituições funcionaram e justificou cada uma delas. "Com o Bruno Paulo, entendi que tínhamos caido de rendimento e queria movimentação. Não estávamos fazendo o Pio marcar e é o que eu queria, forçar em cima dele para tirá-lo de poder atuar ofensivamente. Senti o Primão cansado, eu tinha a opção de colocar o Natan, porém eu queria mudar a característica. Passando o João Paulo para lá, ganhamos no meio, tanto que voltamos a criar oportunidades", disse.

Quanto à entrada constante de Ricardo Bueno na vaga de Grafite, algo que aconteceu nas últimas três partidas, o treinador mostra segurança quanto à preferência pelo camisa 23. Entretanto, afirma que ambos terão diversas oportunidades de atuar até o fim do campeonato e não vê problemas em uma mudança, caso sinta a necessidade.

"Eu não tenho dúvidas quanto à escalação. São jogadores com características diferentes que poderiam ser titulares em qualquer time da Série B. Fico incomodado de escolher entre os dois. Existe a possibilidade de jogar com os dois, mas é difícil. Pela qualidade dos dois tem a dúvida, o gol tem peso para centroavante, mas o Grafite briga, segura a bola, faz pivô. Os dois vão participar bastante do campeonato. O dia que eu tiver certeza do Ricardo, ele joga", garantiu Marcelo Martelotte.

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