Roberto diz que precisa de time 'cascudo' para a Série C

Treinador pretende aproveitar atletas da base, mas explica que o campeonato não é o ideal para revelar atletas

por Renato Torres sex, 17/11/2017 - 19:59
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Roberto conhece bem as dificuldades que esperam o Timbu na Série C Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

Mesmo que 2017 ainda não tenha terminado, no Náutico o assunto já é 2018, desde a derrota para o Paysandu. O motivo disso é simples: a temporada do Timbu começa mais cedo com a pré-Copa do Nordeste e nesta temporada, o rebaixamento à Série C já foi concretizado. Pensando no ano que vem, a diretoria alvirrubra, junto à comissão técnica, já corre para renovar o contrato das principais peças. O treinador já sabe que não poderá contar com todos que gostaria, mas entende o cenário que está por vir.

"Jeferson, Sueliton, Breno, Aislan, Ávila, Amaral, Diego Miranda, Bruno Mota, Rafinha devem ser os que mais atuaram no meu comando. A intenção era ficar com todos, mas muitos deles ou tem contrato com outro clube e precisa retornar, ou terminaram o contrato e deram uma valorizada. Hoje cada jogador tem um empresário que investiu dinheiro nele e quer recuperar, então se ele puder botar o atleta na Série B, em detrimento a um projeto do clube, ele vai. A queda para a Série C não é só técnica, vai de orçamento também", aponta Roberto Fernandes.

Com algumas saídas certas, tais como Breno Calixto, Dico e William, é provável que alguns jovens das categorias de base ganhem mais oportunidades, até pelo orçamento reduzido. Porém, o comandante não espera que esse número ultrapasse um terço do grupo. E o motivo está na forma em que a terceira divisão é disputada.

"Vamos precisar de uma valorização da base desde que os mesmos mostrem a capacidade para permanecer. Sou um cara que respiro futebol, conheço a divisão e não é de revelação. A média dos clubes que conquistam o acesso é de 28, 29 anos. A visibilidade é outra, não é uma competição tão vista. Precisamos lembrar que é um torneio cascudo, não é de garotos. Basta ver o atual campeão, CSA-AL, só jogadores rodados", contou o técnico.

Fernandes aponta o calendário mais espaçado como motivo da média de idade mais avançada na Série C. "Isso é resultado do menor número de jogos, apenas nos finais de semana, o que permite o jogador experiente recuperar a parte física e trabalhar bem para o jogo seguinte. Temos conversado diariamente com a direção para ter essa sustentação. O mínimo de um terço do elenco será com jogadores da base, mas o resto será cascudo, como a competição pede", garantiu.

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