O costureiro e o ajudante de pedreiro lutadores de MMA

Os pernambucanos Murilo Chacal, campeão da última edição do GFC, e Júnior Fialho conciliam as duas profissões e são exemplos de persistência e sede por vitória

por Taciana Carvalho sab, 28/07/2018 - 09:48

Os lutadores de MMA pernambucanos Murilo Chacal, 30 anos, e Júnior Fialho, 24 anos, são aqueles típicos exemplos que orgulham e inspiram qualquer pessoa que corre atrás dos seus sonhos. Apesar dos dois atletas escolherem uma modalidade no esporte que aparenta precisar de frieza e coragem, a verdade é que Chacal e Fialho surpreendem ao revelarem as profissões que exercem conciliando com a vida corrida de um atleta: Chacal, natural de Santa Cruz do Capibaribe, é costureiro. Já Fialho, recifense, é ajudante de pedreiro. 

Os dois possuem o mesmo sonho e mostram confiança e determinação para chegarem no ápice que miraram: lutar no UFC, um dos maiores eventos do mundo da categoria. Antes, neste sábado (28), os dois serão os maiores protagonistas da 61ª edição do GFC, que será realizado em Olinda, a partir das 19h, na Vila Olímpica, no bairro de Rio Doce. Fialho vai enfrentar Chacal, que é o dono do cinturão. Esta será a primeira que o município irá sediar o evento renomado que é conhecido internacionalmente por revelar campeões. 

A história de Fialho e Chacal, embora rivais neste domingo na “briga” pelo cinturão, é de superação. Nos caminhos oferecidos pela vida, optaram por seguir o correto. O esporte foi o que transformou um passado ainda incerto para um futuro mais do que promissor. “O esporte, além de tudo, é uma maneira da gente sair da rua porque além de tudo requer disciplina”, afirma Fialho com um orgulho no olhar. Ele começou aos 16 anos no Muay Thai, uma modalidade também bem intensa e de treinos puxados. 

Posteriormente, o ajudante de pedreiro daria um passo maior. Soube de uma seleção na Arena Feitosa com mais de 20 concorrentes e ficou em primeira colocação, o que despertou ainda mais entusiasmo para seguir em frente. Há mais de dois anos, vem treinando duro, como diz, e competido em eventos diversos. Garante que só perdeu uma vez. 

Para quem acha que foi fácil, Fialho responde de imediato. “Não foi nada fácil não, mas continuo firme e forte na rotina diária de treino, só quem sabe é quem vive isso, é uma vida de guerreiros. Quem está no sonho tem que prosseguir independente de qualquer coisa. Sonho em continuar competindo em grandes eventos como o GFC e também no UFC. Se você tem um sonho independente de ser o esporte, você tem que ir atrás”, incentivou. 

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O lutador costureiro 

Chacal também conta que do grupo de amigos, poucos seguiram o caminho do esporte. “Os outros que iniciaram na mesma época hoje tomaram rumos que não são sadios para a sociedade. Nessa parte diria que foi muito importante para mim e para as pessoas deixo essa informação de que praticando uma atividade física você estará sempre engajado em um grupo social que só leva a hábitos saudáveis e bons”. 

A trajetória de Murilo Chacal, que faz parte do time de atletas da academia Assírios, também é ligada ao esporte desde muito novo. Incentivado pelo irmão, ele iniciou na capoeira, depois foi para o boxe. Em 2010, inspirado nos campeões brasileiros André Silva e Minotauro, tomou a decisão de lutar profissionalmente no MMA. Na estreia, já saiu vitorioso. A caminhada agora também é para chegar no UFC. 

Para ele ser campeão de um evento do porte do GFC, é importante porque traz mais visibilidade, no entanto não esquece que o compromisso também aumenta. “É justamente isso que a gente quer: compromisso e crescer cada vez mais em eventos maiores e assim chegar no ápice da modalidade no UFC. Sempre digo aos meus colegas que um dia eles vão sentar em suas poltronas e me ver na telinha do UFC assistindo eu lutar, se Deus quiser”, disse com muita confiança em si. 

Ele concilia os treinos com a outra profissão: é costureiro. Em Santa Cruz do Capibaribe, onde mora, a rotina também é puxada. Precisa encaixar a vida de atleta com a costura. Chacal conta que, às vezes, são três treinos por dia. “De manhã corro, depois vou para a confecção da família, depois ao meio-dia faço musculação ou jiu jitsu e, à noite, boxe. Em épocas de pico como o São João e final de ano, às vezes nem treino completamente para cumprir o serviço”. 

Chacal afirma que gosta muito de costurar, como também de praticar atividade física. “Me sinto muito bem costurando e o esporte também representa tudo. Através do esporte consigo cuidar da minha alimentação, consigo ter muito carinho de alunos, amigos, família que apoia, eu consigo sentir mais carinho das pessoas, para mim é a minha vida. O esporte é a minha vida”. 

Sobre a luta de hoje, Fialho aparenta não se intimidar com Chacal, o atual campeão. Ele garante que hoje não será uma luta fácil em nenhum dos lados. “Nem do lado de cá, nem do lado de lá. Vai ser difícil para os dois lados. O mais importante é não desistir, independente da vitória eu sempre tenho uma frase que digo que eu prefiro perder bonito do que ganhar feio”. A expectativa de Chacal é semelhante. Ressaltou que espera por uma ótima luta do começo ao fim e que será um excelente espetáculo. “Vai ser atividade em todo minuto da luta, vai ser a melhor luta da noite pegada do começo ao fim”. 

Fialho (à esquerda) e Chacal (à direita) sonham em lutar no UFC

No entanto, Chacal garante que é mais importante não desistir do que vencer, embora esse seja o propósito sempre. “Não desistir é mais importante. Às vezes um tropeço, um degrau que você não subiu serve de degrau e de aprendizado e você só perde na vida se você quiser se não você só aprende e se torna um ser humano melhor”, finalizou. 

Formando campeões

O atleta e fundador do GFC, Evandro Silva, conta que a organização foi fundada em 2010, no município de Garanhuns e que, ao longo dos anos, tomou uma proporção nacional e internacional. Na 61º edição, o evento é palco de visibilidade para muitos atletas que ganharam o mundo saindo do GFC. 

O maior objetivo, segundo Evandro, é descobrir talentos nas cidades por onde passa, pois a organização entra em contato com as equipes de cada local. “Eu senti a necessidade de criar um evento para descobrir talentos. Foram atletas que o evento viu que tinha potencial, convidou para lutar e eles se deram muito bem, se destacaram no GFC como o atual campeão, dono do titulo. Eu tenho 10 campeões, formado pelo GFC, que estão preparados para lutar com qualquer lutador do mundo. São lutadores que realmente são campeões e fizeram por onde ganhar o título. Fialho pelo bom desempenho que vem obtendo nas últimas lutas recebeu a oportunidade de tentar tirar o cinturão do atual campeão”, explicou. 

Evandro conta que vivenciou muitas histórias de grandes atletas e de pessoas com profissão simples como engraxate que chegou no UFC, de baixa escolaridade, e até mesmo de pessoas que saíram da rua e agora são grandes lutadores. “Pessoas que escolheram ser lutadores e que vem vivendo da luta porque para mim dar certo na profissão é você viver dela, viver da profissão para mim já deu certo. Umas das maiores provas sou eu. Sou empresário, larguei minha empresa para ser empresário no MMA”. 

O fundador do GFC, Evandro Silva, é um grande apoiador do MMA

Amor ao esporte

O fundador do GFC, no entanto, salienta que é necessário, primeiro que tudo, amar o esporte porque as dificuldades são muito grandes. “Tem que amar o que faz. Eu digo que tudo na vida é difícil. Nem todo mundo vai conseguir ser repórter, nem todo mundo vai conseguir ser prefeito, ser lutador, eu acho que tudo vai ter que persistir, você tem que também ter nascido para aquilo. Eu me considero um cara excepcional para o que eu faço porque eu faço com tanto amor, com tanto empenho que eu termino sendo feliz no final em cima de qualquer resultado”. 

Ele garante que um atleta que consegue se destacar hoje consegue chegar a ganhar até um milhão de reais com o MMA. “É uma questão de destaque. Os atletas que se destacam também recebem uma ajuda um reforço de patrocínio, de apoio que é somente dele. A luta hoje é valorizada, você consegue viver da luta se você for um atleta que tenha um bom destaque como todo mundo sabe no esporte não é fácil porque se todos conseguissem, não teria espaço”. 

Os ingressos para o evento podem ser comprados na Academia Five, em Rio Doce, ou na Arena Feitosa, na orla de Olinda. Será montada toda uma estrutura com octógono, iluminação, som, camarote e área prime. Além da luta de Chacal e Fialho também serão realizadas mais outras sete, incluindo uma feminina. “Além de gerar emprego, também será bom porque desperta para quem quer praticar uma arte marcial termina despertando quem quer praticar outro tipo de esporte”. Mais informações: (81) 9.8721-5870/ (81) 9.9572-5628 ou (81) 3076-4541. 

Apoio em Olinda

O secretário-executivo de Esportes de Olinda, Chiquinho, sabe a importância do esporte. Ex-jogador de futebol, ele também encontrou no esporte uma forma de mudar de vida e conta que o órgão vem incentivando e criando projetos sociais para inclusão social. 

“O esporte é uma ferramenta de inclusão em todos os aspectos. Eu sou um grande exemplo disso. É ferramenta de inclusão direta. O Brasil tem muitos exemplos de inclusão social por meio do esporte e no MMA não é diferente. Um segmento parecido com o futebol geralmente são pessoas com um poder aquisitivo muito baixo, que encontra no esporte uma oportunidade de ter uma doutrina porque o esporte te molda, você tem que ter uma dedicação. Sem dedicação não acontece o êxito, no esporte é assim”. 

Chiquinho ressaltou que a gestão do prefeito Lupércio continuará em busca de parceiros e projeto no objetivo de deixar legados esportivos. “Mesmo com toda a dificuldade financeira que tem, tentamos apoiar todo tipo de evento e as artes marciais são eventos que estamos apoiando desde o inicio da gestão. Dessa forma, deixando legados, o trabalho se mostra presente”, pontuou. 

Fialho (à esquerda) e Chacal (à direita) sonham em lutar no UFC

No entanto, Chacal garante que é mais importante não desistir do que vencer, embora esse seja o propósito sempre. “Não desistir é mais importante. Às vezes um tropeço, um degrau que você não subiu serve de degrau e de aprendizado e você só perde na vida se você quiser se não você só aprende e se torna um ser humano melhor”, finalizou. 

Formando campeões

O atleta e fundador do GFC, Evandro Silva, conta que a organização foi fundada em 2010, no município de Garanhuns e que, ao longo dos anos, tomou uma proporção nacional e internacional. Na 61º edição, o evento é palco de visibilidade para muitos atletas que ganharam o mundo saindo do GFC. 

O maior objetivo, segundo Evandro, é descobrir talentos nas cidades por onde passa, pois a organização entra em contato com as equipes de cada local. “Eu senti a necessidade de criar um evento para descobrir talentos. Foram atletas que o evento viu que tinha potencial, convidou para lutar e eles se deram muito bem, se destacaram no GFC como o atual campeão, dono do titulo. Eu tenho 10 campeões, formado pelo GFC, que estão preparados para lutar com qualquer lutador do mundo. São lutadores que realmente são campeões e fizeram por onde ganhar o título. Fialho pelo bom desempenho que vem obtendo nas últimas lutas recebeu a oportunidade de tentar tirar o cinturão do atual campeão”, explicou. 

Evandro conta que vivenciou muitas histórias de grandes atletas e de pessoas com profissão simples como engraxate que chegou ao UFC, de baixa escolaridade, e até mesmo de pessoas que saíram da rua e agora são grandes lutadores. “Pessoas que escolheram ser lutadores e que vem vivendo da luta porque para mim dar certo na profissão é você viver dela, viver da profissão para mim já deu certo. Umas das maiores provas sou eu. Sou empresário, larguei minha empresa para ser empresário no MMA”. 

O fundador do GFC, Evandro Silva, é um grande apoiador do MMA

Amor ao esporte

O fundador do GFC, no entanto, salienta que é necessário, primeiro que tudo amar o esporte porque as dificuldades são muito grandes. “Tem que amar o que faz. Eu digo que tudo na vida é difícil. Nem todo mundo vai conseguir ser repórter, nem todo mundo vai conseguir ser prefeito, ser lutador, eu acho que tudo vai ter que persistir, você tem que também ter nascido para aquilo. Eu me considero um cara excepcional para o que eu faço porque eu faço com tanto amor, com tanto empenho que eu termino sendo feliz no final em cima de qualquer resultado”. 

Ele garante que um atleta que consegue se destacar hoje consegue chegar a ganhar até um milhão de reais com o MMA. “É uma questão de destaque. Os atletas que se destacam também recebem uma ajuda um reforço de patrocínio, de apoio que é somente dele. A luta hoje é valorizada, você consegue viver da luta se você for um atleta que tenha um bom destaque como todo mundo sabe no esporte não é fácil porque se todos conseguissem, não teria espaço”. 

Os ingressos para o evento podem ser comprados na Academia Five, em Rio Doce, ou na Arena Feitosa, na orla de Olinda. Será montada toda uma estrutura com octógono, iluminação, som, camarote e área prime. Além da luta de Chacal e Fialho também serão realizadas mais outras sete, incluindo uma feminina. “Além de gerar emprego, também será bom porque desperta para quem quer praticar uma arte marcial termina despertando quem quer praticar outro tipo de esporte”. Mais informações: (81) 9.8721-5870/ (81) 9.9572-5628 ou (81) 3076-4541. 

Apoio em Olinda

O secretário-executivo de Esportes de Olinda, Chiquinho, sabe a importância do esporte. Ex-jogador de futebol, ele também encontrou no esporte uma forma de mudar de vida e conta que o órgão vem incentivando e criando projetos sociais para inclusão social. 

“O esporte é uma ferramenta de inclusão em todos os aspectos. Eu sou um grande exemplo disso. É ferramenta de inclusão direta. O Brasil tem muitos exemplos de inclusão social por meio do esporte e no MMA não é diferente. Um segmento parecido com o futebol geralmente são pessoas com um poder aquisitivo muito baixo, que encontra no esporte uma oportunidade de ter uma doutrina porque o esporte te molda, você tem que ter uma dedicação. Sem dedicação não acontece o êxito, no esporte é assim”. 

Chiquinho ressaltou que a gestão do prefeito Lupércio continuará em busca de parceiros e projeto no objetivo de deixar legados esportivos. “Mesmo com toda a dificuldade financeira que tem, tentamos apoiar todo tipo de evento e as artes marciais são eventos que estamos apoiando desde o inicio da gestão. Dessa forma, deixando legados, o trabalho se mostra presente”, pontuou. 

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