Thyere abre o coração antes de decisão com o Vasco

Jogador relembrou acesso com o clube em 2019 e disse que espera retribuir carinho

por Luan Amaral sab, 15/10/2022 - 08:26
Rafael Bandeira/ SCR Thyere chegou com desconfiança em 2019, mas hoje é capitão e líder do elenco Rafael Bandeira/ SCR

Em entrevista exclusiva à reportagem do LeiaJá, o zagueiro do Sport Rafael Thyere abriu o coração e lembrou da sua chegada e do acesso em 2019, da relação entre clube e família - sua filha é uma mini-torcedora do Leão -, da lesão que o afastou do campo por dois meses e, claro, da "decisão" deste domingo (16) contra o Vasco na Ilha do Retiro. 

Relação com Sport

São quase quatro anos de Sport. Thyere chegou emprestado do Grêmio em 2019 e vivia pessoalmente um momento de desconfiança na carreira. E, de fato, até levou um certo tempo para engrenar na equipe, mas acabou sendo peça importante no último acesso, no ano da sua chegada. 

“Na época que eu fui contactado para vir para cá me chamou muita atenção porque fui um cara criado em João Pessoa, joguei muito futsal contra o Sport, sabia da grandeza do clube, foi algo que me chamou atenção”, revelou.

“Vão fazer quatro anos que estou no clube e tenho um carinho e um respeito muito grande, independente do momento, passei maus momentos aqui com lesão, momentos em que não estava sendo aproveitado, mas graças a Deus cheguei à marca de 140 jogos em um clube gigante que tenho admiração”, disse.

A marca foi atingida no seu último jogo com o Sport. Mas essa relação do clube vai além do campo e acaba virando uma relação familiar. Isso porque, como ele mesmo conta, sua filha, que chegou ao Recife com quatro meses de vida, diz ser rubro-negra.

“Minha filha chegou com 4 meses, vai fazer cinco anos, foi criada nesse ambiente, ela diz que o time dela é o Sport, foi aqui que ela vem crescendo. Sou muito grato, minha família, minha esposa sempre bem recebida, só gratidão”, agradeceu Thyere.

Lesão em 2022

Mas como ele mesmo disse na conversa, nem tudo foram flores por aqui e, na atual temporada, uma lesão muscular acabou tirando Thyere do time por dois meses. O zagueiro refletiu sobre o período e contou as dificuldades que passou e de onde tirou forças para retomar sua condição nos gramados. 

“É um momento muito complicado para o jogador. Às vezes quando você está sem jogar, no banco, por opção, é complicado, mas não poder nem treinar é mais complicado ainda. É um momento que eu sempre busco forças na família, a gente quer estar jogando e acaba vindo assistir ao jogo e lembra que não pode estar contribuindo.”

“E quando você volta tem todo aquele período de readaptação, um período de desconfiança, você sente dores ainda, tem que recondicionar, mas graças a Deus hoje estou recuperado, precisando melhorar ainda a parte física e técnica”, completou.

Acreditar no acesso

Mas todo esse carinho pelo clube e a superação com a lesão só podem ser retribuídas de uma forma, segundo o próprio Rafael Thyere: repetindo o que foi feito em 2019 e recolocar o Sport na primeira divisão. E, para isso, o time precisa primeiro vencer o Vasco no domingo na Ilha do Retiro, e segundo, acreditar.

“Fazer o melhor possível, é isso que estou tentando e se Deus quiser vamos conseguir dar essa alegria, como foi em 2019. Acreditar é a palavra que a gente tem levado sempre, a gente chega no final do campeonato com acesso possível, diferente de 2009 quando chegamos mais tranquilos, mas é acreditar até o final”, ressaltou.

“Controlar esse momento de euforia do torcedor e até de dentro do grupo mesmo. Sabemos que tudo se resolve dentro do gramado, então precisa ter tranquilidade, controlar a ansiedade, saber o que fazer dentro de campo”, disse Rafael Thyere.

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