Paris adverte sobre ação do EI no tráfego de imigrantes

De acordo com ministro, melhor para impedir o Estado Islâmico é uma operação militar europeia no Mediterrâneo

seg, 14/03/2016 - 20:30
MAHMUD TURKIA Migrantes libaneses são vistos em Trípoli, capital do país, em 29 de setembro de 2015 MAHMUD TURKIA

O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, alertou para o "grande risco" de que jihadistas do Estado Islâmico (EI) passem a controlar o tráfego de emigrantes para a ilha italiana de Lampedusa, após seu domínio sobre amplas zonas na Líbia.

"O Daech (EI) tem hoje na Líbia entre 4.000 e 5.000 combatentes, muitos magrebinos e egípcios", declarou o ministro em entrevista que será publicada nesta terça-feira pelo jornal Le Figaro. "Existe um grande risco de que o Daech organize a passagem de emigrantes para Lampedusa".

Segundo Le Drian, a melhor arma para impedir o EI de assumir o controle do tráfego de emigrantes nesta zona é a operação militar europeia Sophia no Mediterrâneo, desde que esta missão possa ampliar sua zona de atividade.

"É preciso ampliá-la para as águas territoriais líbias, sobre o litoral (...) para deter o tráfego e impedir que milhares de emigrantes se lancem ao Mediterrâneo a partir das zonas costeiras controladas pelo Daech".

A operação Sophia, lançada em junho de 2015 e para qual contribuem 22 países da UE, começou com missões de vigilância sobre as redes de tráfico de pessoas a partir da costa líbia.

Em outubro, teve início a segunda fase da operação, com a abordagem de barcos, revistas a bordo e até o confisco das embarcações, mas apenas nas águas internacionais.

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