Protesto interdita agência Santander do Shopping Recife

Sindicato critica a forma com que o banco está realizando as demissões dos bancários

sex, 02/03/2018 - 10:52
Divulgação/Sindicato dos Bancários de Pernambuco Agência será reaberta ao meio-dia Divulgação/Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Nesta sexta-feira (2), o Sindicato dos Bancários de Pernambuco interditou a agência Santander do Shopping Recife, na Zona Sul do Recife. O banco só será aberto após o meio-dia.

De acordo com os representantes da categoria, o protesto é contra a realização de homologações de rescisão de contrato no banco, sem o acompanhamento da entidade sindical. Eles alegam que esse tipo de procedimento traz perdas para os bancários demitidos.

Ao longo do mês de maio, os bancários estarão com a campanha "Homologação de Demissão Segura é no Sindicato". A homologação dos bancos estaria se apoiando em um dos pontos previstos na lei da reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro de 2017.

Só na última semana, o sindicato recebeu três casos de demissões em que haveria perdas para bancários caso não tivessem recorrido à entidade. O caso do Banco Santander é de Regina Célia Cavalcanti. Conforme o sindicato, apesar dela possuir dupla estabilidade, por tempo de serviço e por doença ocupacional, reconhecida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e pela médica do próprio banco, o Santander a demitiu sem justa causa.

“Cheguei na agência, bati o ponto de entrada e em seguida fui chamada pela gestora que me apresentou os papéis e disse que eu deveria assinar. Me recusei e ela assinou com duas testemunhas. Procurei o Sindicato e descobri que a minha demissão é arbitrária”, relata Regina. A assistência jurídica oferecida pelo Sindicato identificou que a documentação apresentada pelo banco, além de não respeitar a dupla estabilidade da funcionária, não garantia o pagamento correto das verbas rescisórias.

Neste momento, os bancos estão aproveitando para demitir, ilegalmente, funcionários com estabilidade e adoecidos, além de não pagar corretamente as verbas devidas. A nossa orientação é que em caso de desligamento o bancário entre imediatamente em contato com o Sindicato para garantir a segurança jurídica e não assine nenhum documento no banco ou realize exame médico demissional”, comenta o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Rufino. 

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