Greenpeace 'vela' carvão durante protesto no RS

Com um caixão, uma lápide e a mensagem “Chega de energia suja”, os ativistas pediram o fim do carvão até 2030

por Lorena Andrade qua, 29/08/2018 - 11:44
Marlon Marinho / Greenpeace Com um caixão, uma lápide e a mensagem “Chega de energia suja”, os ativistas pediram o fim do carvão até 2030 Marlon Marinho / Greenpeace

Ativistas do Greenpeace fizeram um enterro simbólico de carvão durante um protesto na manhã desta quarta-feira (29) no Rio Grande do Sul. O protesto é contra a presença do carvão no leilão A-6, que o Ministério de Minas e Energia realiza na próxima sexta-feira (31). O ministério contratará novos projetos de geração para início das operações a partir de janeiro de 2024.

Com um caixão, uma lápide e a mensagem “Chega de energia suja”, os ativistas pediram o fim do carvão até 2030. O protesto foi realizado em frente à termelétrica Presidente Médici, a 400 km de Porto Alegre. Segundo a ONG, Candiota foi escolhida como exemplo porque concentra as maiores reservas de carvão no país e o maior parque de usinas térmicas, além de ser a região próxima de onde será instalada uma das usinas com possibilidade de contratação no leilão A-6, a UTE Ouro Negro.

Segundo estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), apenas a entrada em operação desta nova usina aumentaria em 7% as emissões da matriz elétrica brasileira. “A não contratação de novas térmicas a carvão é apenas o primeiro passo para o fim de todas as usinas em operação no Brasil até 2030. Precisamos deixar o carvão no passado para não assombrar nosso futuro”, afirmou Marcelo Laterman, especialista em Energia do Greenpeace Brasil. Segundo a ONG, o carvão representa hoje apenas 2,3% da matriz energética brasileira, mas é responsável por 20% das emissões de CO2. 

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