Rede de prostituição no WhatsApp com menores é investigada

O grupo foi identificado após uma garota de 14 anos ser aliciada por um empresário da Guiana Francesa

por Jameson Ramos qua, 26/09/2018 - 13:25
Reprodução O empresário encontra-se foragido Reprodução

No Macapá, capital do Amapá, uma rede de prostituição que funcionava pelo WhatsApp está sendo investigada pela Polícia Civil da região. O primeiro caso dessa rede chegou até a polícia após um empresário, que não teve o nome revelado, pagar R$ 750 para uma adolescente de 14 anos se relacionar com ele.

A garota foi levada até o extremo norte do Estado, o município de Oiapoque, que faz fronteira com a Guiana Francesa, país do empresário que agora é considerado foragido da justiça brasileira. Em entrevista à Rede Amazônica, o delegado Charles Corrêa informou que as investigações acontecem desde o fim de agosto.

A desconfiança contra o empresário começou quando o tio da adolescente, que também teve o nome preservado, suspeitou que ela foi levada para o Oiapoque para ter realações sexuais com o suspeito. A polícia conseguiu chegar até o hotel onde a adolescente e o homem estavam hospedados, dirigindo-os para a delegacia, onde prestaram depoimento.

Os agentes informaram à Rede que na atuação apreenderam o telefone do empresário, em que foram encontradas conversas sobre contratação de prostitutas por meio de grupos de WhatsApp. A adolescente negou, a princípio, estar envolvida nesse esquema e que era namorada do suspeito; por conta disso o homem foi liberado.

Depois da pressão dos familiares, a garota assumiu participar do grupo de prostituição e que havia recebido R$ 750 reais para viajar do Macapá até o Oiapoque e, na cidade, se encontrar com o homem. Nesse momento o empresário da Guiana Francesa já havia voltado para o seu país.

A prisão preventiva do suspeito foi decretada no dia 12 de setembro, mas até última atualização da matéria o empresário não havia sido preso. O delegado confirmou à Rede Amazônica que o homem costumava ir até o Macapá, através de grupos clandestinos, para conseguir contratar adolescentes que são agenciadas por cafetões.

A polícia confirma que trabalha para a desarticulação dessa rede on-line de prostituição, procurando o administrador do grupo. A ação é em conjunto com o Conselho Tutelar.

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