Refinaria da Hydro volta a operar com 50% da capacidade

Depois de suspender a produção, fábrica da Alunorte em Barcarena, no Pará, recebe autorização das autoridades ambientais para funcionar

ter, 09/10/2018 - 19:06
Divulgação/Hydro Depósito de rejeitos da refinaria ainda está sob embargo parcial Divulgação/Hydro

A refinaria de alumina Alunorte, da multinacional norueguesa Hydro, seguindo orientação técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), anunciou na segunda-feira (8) a retomada da produção com 50% da sua capacidade. A atividade será supervisionada pela SEMAS.

A decisão segue a autorização excepcional do órgão ambiental federal IBAMA, na última sexta-feira, 5 de outubro, que autorizou a empresa a utilizar a tecnologia de filtro prensa, a mais moderna tecnologia disponível para processamento de resíduos de bauxita. A expectativa é que a produção da Alunorte consiga gradativamente chegar a 50% em até duas semanas.

“Com a documentação consistente, comprovando a integridade do nosso sistema de descarte de resíduos de bauxita, quando baseado no uso de nosso filtro prensa, e em alinhamento com a SEMAS, estamos agora em condições de retomar com segurança 50% das operações da Alunorte”, disse John Thuestad, Vice-Presidente Executivo da área de Bauxita e Alumina da Hydro. “Este é um desdobramento muito bem-vindo para garantir milhares de empregos no Pará, bem como assegurar o fornecimento para nossos clientes e mercados globais”, acrescentou.

A Alunorte suspendeu as operações depois de passar cinco meses, desde março, com 50% de seu potencia produtivo em atividade. Autoridades ambientais federais determinaram que fossem interrompidas as atividades de comissionamento da nova área de depósito de resíduos de bauxita, o DRS2 e do novo filtro prensa, enquanto que a Justiça também ordenou a interrupção do comissionamento do DRS2.

Em consequência, a Alunorte se limitou a depositar os resíduos de bauxita na antiga área de depósito DRS1 usando filtros tambor, que são menos eficientes. Na semana passada, especialistas geotécnicos externos recomendaram que o uso do DRS1, com base no processamento pelo filtro tambor, fosse descontinuado.

Com informações da assessoria da Hydro Alunorte.

LeiaJá também:

Hydro Alunorte anuncia paralisação de operações no Pará

 

COMENTÁRIOS dos leitores