Mãe é condenada por esconder bebê em porta-malas

A bebê foi encontrada em 2013, quando tinha entre 15 e 23 meses de vida. Atualmente, a criança tem 7 anos e tem traços autistas causados por privação sensorial, segundo os especialistas que a examinaram

por Lorena Andrade qua, 21/11/2018 - 11:31
GEORGES GOBET / AFP Segundo a polícia, Rosa-Maria Da Cruz não queria que seu marido e os outros três filhos soubessem da existência de Séréna GEORGES GOBET / AFP

Uma mulher de 50 anos foi condenada pela justiça por negligência causadora de incapacidade mental. Rosa-Maria Da Cruz escondeu por quase dois anos a sua própria filha no porta-malas do seu carro e em um quarto vazio de sua casa. A bebê foi encontrada em 2013, quando tinha entre 15 e 23 meses de vida. O caso aconteceu na França.

Atualmente, a criança tem 7 anos e tem traços autistas causados por privação sensorial, segundo os especialistas que a examinaram. A menina não fala nem socializa. Ela está vivendo em um orfanato. De acordo com o France Info, um especialista que examinou Séréna pouco depois de seu resgate disse que a menina sofria de uma estranha forma de autismo.

Segundo a polícia, Rosa-Maria Da Cruz não queria que seu marido e os outros três filhos soubessem da existência de Séréna. Um mecânico, ao consertar o carro da mulher, foi quem descobriu a criança. No momento do resgate, a bebê estava no porta-malas, suja e com excrementos. Além disso, estava desidratada e pesava a metade do que seria seu peso ideal.

O marido de Rosa-Maria Da Cruz, identificado como Domingos Sampaio Alves, afirmou que não sabia da criança. "Não sei por que ela fez isso", disse à corte. Ainda de acordo com ele, a mulher havia sido uma "boa mãe" com os outros filhos.

"Quero pedir perdão a Séréna por todo o dano que lhe causei", disse Rosa-Maria Da Cruz no tribunal. "Me dou conta de que a feri muito e de que nunca mais voltarei a ver minha pequena filha", completou. Ela foi condenada a 5 anos de prisão, mas só terá de cumprir dois. A mulher também será acompanhada por assistentes sociais durante cinco anos e receberá tratamento psiquiátrico.

COMENTÁRIOS dos leitores