Para promotor, provas confirmam que Edvan matou Mirella
Edvan é acusado de ter estuprado e matado a fisioterapeuta Tássia Mirella. O caso ganhou repercussão devido a crueldade do crime
O promotor responsável pela acusação contra o comerciante Edvan Luiz da Silva afirmou que é praticamente impossível que o suspeito não seja o autor da morte da fisioterapeuta Tássia Mirella, em 2017. O julgamento iniciou por volta das 9h15 dessa segunda-feira (5), na 3º Vara do Júri da Capital, no Fórum Thomaz de Aquino, bairro de Santo Antônio, área Central do Recife.
"Com as provas é praticamente impossível negar a autoria", destacou o promotor Antônio Arroxelas. A acusação conta com provas e laudos periciais colhidos na cena do crime - um flat em Boa Viagem, Zona Sul do Recife - e no apartamento de Edvan, vizinho da vítima.
De acordo com o promotor, as provas técnicas que confirmam os crimes de estupro e homicídio são: material orgânico do acusado nas unhas de Mirella; impressões "semelhantes" à impressão digital do pé de Edvan no apartamento da vítima; sangue dela em alguns lugares - porta e banheiro - do apartamento dele; camisas ensanguentadas, que o acusado provavelmente usou para se limpar; além de uma mordida no corpo do comerciante, possivelmente causada enquanto a fisioterapeuta tentava se desvencilhar do abuso.
Perguntado sobre a motivação de Edvan, Antônio Arroxelas pontuou que "tudo isso aconteceu em razão de Mirella ser uma moça emancipada e independente". Quatro testemunhas de acusação farão parte do julgamento, dentre elas o gerente do condomínio e uma vizinha da vítima.
O que diz a defesa
A defesa do comerciante reiterou que o cliente afirma não ser o culpado pelo assassinato. O advogado Rawlinson Ferraz declarou que Edvan dormia em seu imóvel no momento do crime.
Mesmo sem testemunhas de defesa, o advogado garante esforços para inocentar, ou ao menos, atenuar a sentença do cliente. "É um processo emblemático, mas vamos fazer uma defesa à altura do caso", finalizou.
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