Esclerose múltipla: saiba o que é e quais os tratamentos

Segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla, doença autoimune atinge cerca de 35 mil brasileiros

por Daiane Crema sex, 30/08/2019 - 17:13
Divulgação A esclerose múltipla é uma doença que atinge o sistema nervoso central Divulgação

Nesta sexta-feira (30), o Dia Nacional da Conscientização da Esclerose Múltipla alerta para os cuidados uma doença autoimune que, segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla, atinge cerca de 35 mil brasileiros, principalmente jovens e mulheres.

A esclerose múltipla é uma doença que atinge o sistema nervoso central, causando a destruição da mielina, proteína essencial para o seu funcionamento, além da medula e do nervo óptico, o que, eventualmente, resulta em problemas como o movimento muscular, a visão e o equilíbrio. "Acreditamos, até então, que a esclerose múltipla pode ser causada por uma possível infecção viral ou até mesmo uma tendência genética", afirma o neurologista do Hospital São Luiz Morumbi Glauco Filellini.

Um dos casos mais conhecidos entre famosos que foram identificados com a doença está o da atriz Claudia Rodrigues, que na TV interpretou personagens como Marinete, em "A Diarista" (Globo, 2004-2007), e Talia e Ofélia, no "Zorra Total" (2004-2007).

Há 19 anos, a atriz Claudia Rodrigues realiza tratamento da esclerose múltipla | Foto: Facebook 

Em 2000, a atriz começou a sentir dormência nos membros superiores e algumas dificuldades para decorar os textos para as gravações. Após os exames, Claudia foi diagnosticada com esclerose múltipla e vive em tratamento. Ela passou por um procedimento de transplante de células tronco para auxiliar em sua recuperação, já que a doença não tem cura. Atualmente, com o bom desenvolvimento do tratamento, a atriz volta aos palcos.

O tratamento da esclerose múltipla acontece em duas fases. Na primeira, trata-se as crises com corticoides. Já na segunda é feito um tratamento preventivo para impedir a atividade anômala do sistema imunológico.

Segundo o neurologista Filellini, a maioria dos pacientes com esclerose múltipla evolui em crises, que são chamadas de surto-supressão. Quando diagnosticadas no começo, os pacientes conseguem levar uma vida normal. Porém, há pacientes que perdem funções motoras de maneira significativa, que podem ficar em cadeiras de rodas e até acamados. "A maioria dos meus pacientes têm uma vida normal, trabalham, tem filhos. Claro que há períodos de crises, mas em geral, tem uma vida normal e satisfatória", conclui o especialista.

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