Você sabe o que é um relacionamento sugar?

Pessoas mais velhas e bem sucedidas se relacionam com pessoas mais jovens

por qua, 18/09/2019 - 18:11
Divulgação O site 'Meu Patrocínio' foi o pioneiro na mercado do relacionamento Sugar no Brasil Divulgação

Você já deve ter ouvido as expressões Sugar Daddy e Sugar Baby em algum momento do seu dia. Esses termos têm se tornado muito populares na internet e estão sendo usadas na atual novela das nove, “A Dona Do Pedaço”, em que a personagem Sabrina, interpretada por Carol Garcia, se refere a Olavo, personagem de José de Abreu, como seu Sugar Daddy. Mas as informações divulgadas atualmente podem estar passando uma ideia diferente do que é um relacionamento Sugar.

O relacionamento Sugar é uma modalidade de relação em que um Sugar Daddy (“papai doce”, em uma tradução literal) ou uma Sugar Mommy (no caso de mulheres) tem uma relação com um Sugar Baby (pessoa mais jovem). Nessa relação, todas as expectativas e objetivos são deixados de forma clara para ambos.

Sugar Daddies e Sugar Mammies são geralmente pessoas mais velhas e financeiramente bem sucedidas, em comparação com um Sugar Baby, que é uma pessoa jovem que deseja conhecer pessoas que possam dividir suas experiências ou até mesmo ajudá-los a alcançar seus objetivos. Mas também existem os Babies que estão procurando um parceiro ou parceira que tenha um estilo de vida de alto padrão, para que possam usufruir juntos.

A empresária americana Jennifer Lobo é proprietária do site “Meu Patrocínio”, que está no mercado desde 2015 e foi o primeiro site a trazer o conceito de relacionamento sugar para o Brasil. Em entrevista ao Leiajá, ela diz que muitas pessoas têm uma visão equivocada sobre o que seja um relacionamento Sugar. “Geralmente uma Sugar Baby quer uma vida mais independente, sair da casa dos pais, crescer na carreira, e um sugar Daddy é um homem  mais maduro e que já possui um patrimônio. O que faz um cara ser bem sucedido? Ser esperto, fazer bons negócios, ser carismático, conseguir fechar propostas e não fazer o negócio fechar, ele tem qualidades que são atributos de um plano de vida. Ele pode proporcionar segurança e estabilidade financeira, e por que uma mulher não iria querer um homem com essas qualidades? E o que tem de errado uma mulher encontrar mais fácil um homem com essas qualidades em um site como o Meu Patrocínio?”, questiona a empresária.

A empresária Jennifer Lobo, proprietária do site 'Meu Patrocínio'. Foto: Divulgação

 

Uma Sugar Baby de 29 anos, que prefere não ter sua identidade revelada, conheceu o site e o relacionamento Sugar há mais de dois anos, por indicação de uma amiga. Foi assim que ela conheceu o seu atual namorado. “Quando eu entrei no site esperava alguém igual o que eu tenho agora, que fosse legal comigo e que pudesse me ajudar. No site tudo aconteceu de forma natural, você escolhe a pessoa que tem interesse e, se a pessoa também tiver interesse, vocês começam a conversar. Não houve qualquer combinado no início, nós saíamos juntos, dormimos juntos, como qualquer outro casal”, conta.

Atualmente, ela e seu namorado mantêm um relacionamento a distância. “Ele morava aqui no Rio de Janeiro, tinha uma construtora por aqui mas, por causa da crise do Brasil ele se mudou para a Flórida, ano passado ele veio me visitar, continuamos conversando normalmente”, relata. O empresário deposita mensalmente para ela uma ajuda de custo de um pouco mais de R$ 3 mil mensais.

“Eu já recebi uma proposta para somente acompanhar um homem em eventos que ele participasse, me pagaria R$ 3 mil por evento mas eu teria que agir e falar da forma que ele quisesse, não aceitei a proposta porque já estava começando o relacionamento que tenho agora, e também não aceitaria, por ser uma proposta que tira a minha identidade”, explica a moça.

Mas nem sempre a relação entre Sugar Daddy e Sugar Baby é um relacionamento sério. O empresário Alexandre Calais, de 52 anos, opta por relações casuais.

“Há dois anos eu tenho relacionamentos sugar, eu tive uns 10 relacionamentos, para mim sempre é algo esporádico, sem muito comprometimento, o máximo que fiquei com uma menina foi 3 meses. Então, é só sair, desfrutar, ir em uma baladinha, bar, sem muito compromisso”, diz.

Calais explica que no site é possível ver o que as candidatas a Sugar Baby esperam da relação. “Ali tem algumas propostas, propostas de você patrocinar alguma coisa, muitas querem ajuda com dívidas, apoio para pagar a faculdade, um curso”, explica.

Para o empresário, ser um Sugar Daddy é uma forma de chamar a atenção de meninas mais jovens. “Normalmente quando você vai abordar uma menina mais nova, ela tende a não prestar atenção, pela diferença de idade mas, nesse caso, quando a pessoa já está com você é porque ela já te conhece, se uma pessoa daquela idade está conversando com você é porque você tem algo de diferente então, isso acaba virando um atrativo”, conta.  

Por Gustavo Batista

 

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