Venda de ostras fica abaixo do esperado após caso de morte

O LeiaJá foi até a praia de Boa Viagem saber se a morte do empresario afetou o consumo da iguaria

por Luan Amaral sab, 28/12/2019 - 17:08
Júlio Gomes/LeiaJáImagens LeiaJá foi até a praia de Boa Viagem saber se a morte do empresario afetou o consumo da iguaria Júlio Gomes/LeiaJáImagens

A morte de um empresário recifense, ligada à ingestão de ostras, deixou uma 'pulga atrás da orelha' nos amantes da iguaria. Neste sábado, a reportagem do Leiajá foi até a praia de Boa Viagem para questionar quem vende e quem consome o produto.

A princípio tudo parecia normal. Cerveja, músicas, muitos ambulantes e opções de comida. Os vendedores de ostras demoraram um pouco mais para aparecer. Difícil mesmo era ver alguém consumindo o produto.

Vendedor de ostras a oito anos, Emerson Oliveira, conta que nunca recebeu nenhum tipo de reclamação e acredita que o caso do empresário de 60 anos foi isolado: "Nunca tive bronca de ninguém reclamar que minha ostra estava estragada". Emerson garante que o consumo não foi afetado.

Laura Silva, de 30 anos, nunca viu ou conhece alguém que passou mal ao ingerir ostra. Apesar disso, demonstrou que de fato o medo de consumir o produto é real: "Toda vez que eu vinha para a praia comia pelo menos um a porção, mas teve esse caso do rapaz e eu achei melhor não arriscar", contou.

"Sempre que vou à praia eu peço uma 'ostrinha'. Se rolar de comer eu como", contou Amanda Procópio de 24 anos. Apesar da declaração, nada de ostra na mesa em que ela estava com algumas amigas.

Laura disse que os baldes de ostra passando são uma tentação para ela que prefere não correr riscos. Foto:Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Leandro Felix, vai na contramão do colega e vendedor Emerson. Para ele a morte do empresário tem afetado diretamente o comércio do produto. "A galera está com medo. Tem atingido muito os 'ostreiros'. Primeiro devido ao óleo e agora por causa disso. Até agora não descolei nada, a ostra está devagar", afirmou. Experiente, com 15 anos de mercado, ele afirma que o movimento deve voltar ao normal depois que ‘a poeira baixar’.

Teve gente que deixou de comer ostra antes do caso e agora reforça o receio. “Consumir da minha adolescência até os 35 anos. Tem uns três anos que parei por medo. Sei que a ostra absorve a parte ruim que tem no mar, então tive medo de ficar doente”, afirmou a contadora Mércia Dinis.

Embed:

COMENTÁRIOS dos leitores