Ativista iraquiana é morta no sul do país
Outras cinco pessoas, incluindo pelo menos um outro ativista local, ficaram feridas no tiroteio
Um ativista iraquiana morreu em Basra, no sul do Iraque, onde os protestos contra o governo foram retomados, informou uma fonte policial nesta quarta-feira.
"A militante da sociedade civil Janat Mahdi, de 49 anos, foi assassinada na noite de terça-feira às 23h00 por um homem armado a bordo de um SUV", disse a fonte à AFP, acrescentando que cinco pessoas, incluindo pelo menos um outro ativista local, ficaram feridas no tiroteio.
Uma fonte da polícia forense confirmou à AFP que o corpo de Mahdi tinha vários ferimentos a bala.
Mahdi era militante em um grupo que oferecia primeiros socorros aos feridos nas manifestações.
O grupo deixou o principal local de concentração em Basra na noite de terça-feira, segundo a mesma fonte, antes de ser atacado por um homem cuja identidade é desconhecida.
Essa morte é a última de uma nova onda de violência contra o movimento de protesto, que nas últimas semanas perdeu força devido às tensões entre Teerã e Washington, que se cristalizaram em solo iraquiano.
Mas, nos últimos dias, as manifestações foram retomadas em Bagdá e no sul para pressionar o governo e cumprir suas reivindicações: eleições antecipadas, reforma da lei eleitoral, primeiro ministro independente, fim da corrupção e da distribuição dos cargos políticos em função de etnias e religiões.
Os manifestantes também exigem que as autoridades sejam responsabilizadas pela repressão. Mais de 460 pessoas morreram desde o início dos protestos em outubro.
Na quarta-feira, grupos de jovens bloquearam ruas e estradas em torno de Bagdá e no sul do país.