Médicos pernambucanos encabeçam combate com Cloroquina

Os médicos se comparam a Dom Quixote e afirmam que estão erguendo a lança contra o dragão

por Jameson Ramos ter, 26/05/2020 - 20:00
Valter Pontes/Secom/Fotos Públicas Embate é grande sobre o uso dessas drogas Valter Pontes/Secom/Fotos Públicas

Os médicos pernambucanos Antônio Jordão de Oliveira Neto, que é oftalmologista, e a Cristina Altino de Almeida, especialista em medicina nuclear, estão encabeçando um "Protocolo de Tratamento Pré-Hospitalar Covid-19" com 39 páginas e repleto de indicações técnicas, dosagens de medicamentos, gráficos e referências bibliográficas - tudo em apoio ao uso da cloroquina e do hidroxicloroquina no combate ao Covid-19.  

Esse protocolo é subscrito por 42 médicos no total e é apresentado como um documento oficial a ser aplicado pelo médico no atendimento de pacientes com o novo coronavírus.

"Este protocolo nasceu da angústia dos médicos que se viram frente a frente com um inimigo desconhecido mas que, a exemplo de Dom Quixote, ergueram a lança e foram para cima do Dragão Covidiano ao Grito de 'Vamos à Luta para a implementação de um tratamento pré-hospitalar!", diz o documento.

Na última segunda-feira (25), dia que o protocolo foi divulgado, foi o mesmo dia que a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia suspendido um estudo em andamento com a cloroquina e a hidroxicloroquina. O embate é entre os que defendem o uso dessas drogas e os que dizem não existir estudo suficiente sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o combate ao Covid-19.

Enquanto o Ministério da Saúde aponta a cloroquina como uma alternativa, a revista científica Lancet relaciona essas drogas como causadoras de problemas cardíacos em um estudo com 96 mil pacientes. São milhares de médicos espalhados pelo Brasil que apoia o uso da cloroquina e, por isso, estão sendo apelidados pelos seus críticos de "cloroquiners". 

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