Parque Dois Irmãos não tem perspectiva de trazer novo leão

A pele de Léo, leão que faleceu no último 16 de janeiro, está em processo de avaliação. Ela poderá passar por taxidermia, procedimento conhecido como empalhar. Recinto do felino deverá abrigar outro animal já residente no zoo

ter, 26/01/2021 - 16:03
Lu Rocha/Semas-PE O recinto que abrigava o leão será reformado para realocação de outro animal já residente no parque Lu Rocha/Semas-PE

O Parque Estadual de Dois Irmãos, na Zona Oeste do Recife, ainda não tem perspectiva de trazer um novo leão, informou a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas-PE). No último 16 de janeiro, Léo, o leão do local, faleceu aos 21 anos em decorrência de um tumor maligno na boca.

De acordo com a Secretaria, o parque está em fase de debate de seu novo plano diretor. O recinto que abrigava o leão será reformado para realocação de outro animal já residente no parque, ampliando a participação em programa de conservação de espécies nativas. 

O corpo de Léo foi destinado inteiramente para pesquisas científicas. Os ossos do animal foram preservados para a osteotecnia, que faz a reconstrução do esqueleto, com o objetivo de uso em aulas práticas nas áreas de biologia e de medicina veterinária, além de ações de educação ambiental. A pele do animal está em processo de avaliação. Ela poderá passar por taxidermia, procedimento conhecido como empalhar. 

Em outubro de 2020, o mamífero passou por uma bateria de exames que detectou o tumor.  Em dezembro, o parque confirmou que se travava de um tumor maligno e sem cura. 

Léo chegou ao parque em 2000. Ele era o último leão sobrevivente da tragédia do Circo Vostok, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Naquele mesmo ano, um menino de seis anos foi atacado e morto pelos leões do circo no intervalo das apresentações. A Polícia Militar matou quatro dos animais, sobrando apenas Léo, que ainda era filhote. O felino tinha um comportamento assustado em decorrência dos maus-tratos que sofreu no circo. 

O leão faleceu quando já era considerado muito idoso. Os demais indivíduos da espécie não costumam ultrapassar os 12 anos, segundo o parque.

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