PM condenado por torturar Amarildo vai voltar ao trabalho

Ele estava afastado da função até a última sexta-feira (29), quando sua situação foi alterada por decisão do secretário estadual de Polícia Militar

ter, 02/02/2021 - 17:02
Fernando Frazão/ Agência Brasil Elizabeth Gomes, mulher de Amarildo (02/11/2013) Fernando Frazão/ Agência Brasil

Menos de cinco anos após ser condenado a 13 anos e sete meses de prisão por tortura e ocultação do cadáver do pedreiro Amarildo Souza, o major Edson Raimundo dos Santos pode voltar a desempenhar função compatível com sua patente na Polícia Militar do Estado do Rio.

Ele estava afastado da função até a última sexta-feira (29), quando sua situação foi alterada por decisão do secretário estadual de Polícia Militar, coronel Rogério Figueiredo de Lacerda, publicada na edição da última sexta-feira (29) do Diário Oficial do Estado do Rio.

Em 2013, quando Amarildo desapareceu, o major comandava a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, onde o caso ocorreu. Em decorrência da investigação ele foi afastado do cargo, respondeu a processo, foi condenado e está em liberdade condicional desde o final de 2019. A Justiça, no entanto, nunca impôs ao major a perda da função pública, e por isso ele sempre recebeu salário normalmente.

No entanto, até a última sexta-feira, estava subordinado à Diretoria Geral de Pessoal (DGP), sem exercer função compatível com sua patente. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria estadual de Polícia Militar, com a decisão da última sexta-feira, Santos agora está apto a retomar as atividades normais de major e aguarda uma vaga nas unidades policiais.

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