Confira a lista dos maiores ativistas da história

Causas sociais e ambientais são os principais motivadores de grandes personalidades, que lutam contra afrontas aos direitos humanos, como as que são vistas atualmente no Afeganistão

por Rafael Sales qui, 26/08/2021 - 18:47
Flickr/Anthony Quintano A ativista sueca Greta Thunberg, durante discurso em Denver, Colorado, nos EUA (2019) Flickr/Anthony Quintano

Ao longo da história, diversas crises e confrontos em diversos países foram responsáveis por colocar em perigo a integridade humana e a democracia, assim como a atual situação do Afeganistão, que passou a ser ameaçado pela volta ao poder do grupo extremista Talibã. Diante de momentos como esses, surgem grandes vozes que inspiram pessoas a lutar pelos seus direitos e fazem história por seu papel,  influência e pelos seus atos pacíficos. O LeiaJá selecionou cinco destes símbolos para a humanidade, de diferentes épocas:

Greta Thunberg

A ativista mais nova da lista, atualmente com 18 anos, ouviu sobre as alterações climáticas e passou a se engajar na luta pelo meio ambiente. Em 2018, sua indignação pela situação do planeta levou Greta a criar a campanha “Sextas-Feiras Pelo Futuro”, uma greve, justamente nesse dia da semana, que levou mais de 30 pessoas a protestarem em frente ao parlamento sueco. Em 2019, mais de um milhão de jovens, de 100 países diferentes, aderiram ao movimento e protestaram juntos pelo clima. “Há pessoas a sofrer. Há pessoas a morrer. Ecossistemas inteiros estão a deixar de existir. Estamos no início de uma extinção em massa”, disse Greta em um de seus discursos.

Martin Luther King (1929 – 1968)

Martin Luther King foi uma das principais figuras norte-americanas que lutaram contra a discriminação racial e se tornou um dos mais importantes líderes dos movimentos pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Por conta dessa movimentação social organizada e liderada por King, diversas autoridades e grupos racistas como a Ku Klux Klan passaram a atacar aqueles que defendiam os direitos dos negros. “Tenho um sonho que meus quatro filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pela qualidade do seu caráter”, disse King em um de seus discursos mais famosos.

Malala Yousafzai

Militante dos direitos das crianças, a jovem paquistanesa foi vítima de um atentado por defender as meninas que queriam ir para a escola. Em 2012, enquanto Malala voltava da escola de ônibus, membros do Talibã invadiram o meio de transporte em busca da jovem militante. Um dos criminosos reconheceu a jovem e disparou três tiros em direção a ela. Gravemente ferida, Malala se recuperou após tratamento intensivo no hospital e continuou sua luta. “Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a única solução”, disse Malala em seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU).

Mahatma Gandhi (1869 – 1948)

Ao final da Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), o Partido do Congresso Nacional Indiano era liderado por Gandhi, que pregava que a Índia deveria ser uma confederação democrática, com igualdade política, racial e religiosa para todas as classes civis. O líder pacifista também liderou a marcha para o mar, quando milhares de pessoas caminharam junto com Gandhi por mais de 320 quilômetros para protestar contra impostos. “As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguirmos caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?” refletiu Gandhi em certa ocasião.

Nelson Mandela (1918 – 2013)

Ficou conhecido por ser uma das principais figuras do movimento contra o Apartheid, uma legislação que segregava os negros e não permitia que fossem realizados casamentos entre pessoas de etnias diferentes, além de separar brancos e negros em diferentes ciclos sociais, como escolas, hospitais e praças. Por conta de sua luta pelos direitos raciais, Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993, e no ano seguinte, o ativista pode se tornar o primeiro presidente democrático da África do Sul. “Na prática real, a lei nada mais é do que a força organizada, usada pela classe dominante para moldar a ordem social de forma favorável a si mesma”, escreveu Mandela em seu diário.

 

 

COMENTÁRIOS dos leitores