Condenados no caso da Boate Kiss já estão presos

Após decisão do ministro Luiz Fux, que suspendeu o habeas corpus preventivo, sentenciados se entregaram a polícia entre a noite de ontem (14) e a manhã de hoje (15)

por Vitória Silva qua, 15/12/2021 - 12:28
Arquivo/Agência Brasil Fachada da Boate Kiss, em Santa Maria Arquivo/Agência Brasil

Quatro dias após o julgamento, os condenados pelo incêndio na Boate Kiss se entregaram à Justiça, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Na manhã desta quarta-feira (15), foram presos o ajudante da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha, em São Vicente do Sul (RS), e Mauro Hoffman, sócio da casa noturna, em Santa Catarina. O primeiro a se entregar ainda na noite dessa terça-feira (14) foi Marcelo dos Santos, outro integrante da banda, também em São Vicente do Sul, e depois Elissandro Spohr, segundo sócio da casa noturna, em Santa Catarina. 

Conforme a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe), perto das 9h, Bonilha se apresentou à Polícia Civil e foi encaminhado ao Presídio Estadual de São Vicente do Sul. Ele deverá cumprir pena de 18 anos de prisão por homicídio simples com dolo eventual. Junto a Marcelo de Jesus, o ajudante teve a menor pena dos quatro. Elissandro pegou 22 anos e seis meses; e Hoffmann, 19 anos e seis meses. 

Para o MP-RS, os membros da banda citados são responsáveis pelos crimes porque "adquiriram e acionaram fogos de artifício (...), que sabiam se destinar a uso em ambientes externos, e direcionaram este último, aceso, para o teto da boate, que distava poucos centímetros do artefato, dando início à queima do revestimento inflamável e saindo do local sem alertar o público sobre o fogo e a necessidade de evacuação, mesmo podendo fazê-lo, já que tinham acesso fácil ao sistema de som da boate". 

As prisões chegaram a ser decretadas pelo juiz Orlando Faccini Neto durante a leitura da sentença, que aconteceu na sexta-feira (10). No entanto, o desembargador Manuel José Martinez Lucas concedeu um habeas corpus que autorizou o direito de recorrerem em liberdade. 

Na terça-feira (14), porém, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, aceitou o recurso do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) e suspendeu o habeas corpus preventivo. 

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