Família real holandesa lamenta ter feito festa de princesa

A realeza recebeu 21 pessoas na festa de 18 anos da futura rainha Amalia na semana passada

qua, 15/12/2021 - 20:41
ROBIN VAN LONKHUIJSEN A princesa herdeira da Holanda, Catharina-Amalia, fala durante reunião extraordinária do Conselho de Estado em Haia, em 8 de dezembro de 2021 ROBIN VAN LONKHUIJSEN

A família real da Holanda lamentou nesta quarta-feira (15) ter convidado 21 pessoas para a festa de 18 anos da futura rainha Amalia na semana passada, um número muito além do exigido segundo as medidas sanitárias em vigor no país.

"A família [real] estava convencida de que tinha tratado de maneira responsável as normas do coronavírus com esta reunião ao ar livre e com as precauções tomadas", como os testes de covid e o distanciamento social, explicou o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, em uma carta endereçada ao Parlamento.

"O rei me informou que, após refletir, não foi bom ter organizado isso", acrescentou Rutte.

Na Holanda, o número máximo de convidados em casa está limitado a quatro pessoas.

A comemoração aconteceu ao ar livre em um parque pertencente ao palácio do monarca no último sábado. Os convidados foram solicitados a fazer um teste, estavam vacinados e também foi pedido que respeitassem o distanciamento social.

A carta, no entanto, não diz quantos dos 21 convidados compareceram ao evento. Segundo o serviço de informação do governo, RVD, "nem todos vieram".

Catharina-Amalia completou 18 anos em 7 de dezembro e, imediatamente depois, se tornou membro do Conselho de Estado holandês, o máximo órgão consultivo do governo.

A polêmica em torno das comemorações do aniversário da princesa acontecem depois de uma série de equívocos cometidos pela monarquia holandesa durante a pandemia, que afetaram gravemente a sua popularidade.

Em outubro de 2020, quando a Holanda acabara de ordenar um confinamento parcial, a família real se viu obrigada a interromper uma viagem à Grécia, depois que os detalhes de sua estada se tornaram públicos, e a população em geral tinha sido desaconselhada a viajar.

Em junho, Amalia renunciou a seu direito a receber uma renda anual de 1,6 milhão de euros, antes de assumir suas funções reais.

COMENTÁRIOS dos leitores