Família recebe serragem ao invés de corpo de bebê

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que começou a colher depoimentos nesta terça-feira (2)

ter, 02/08/2022 - 18:22
Reprodução Caixão branco com serragem dentro Reprodução

Uma família recebeu serragem ao invés do corpo de um natimorto após um parto de emergência em um hospital de Ponta Grossa, no Paraná. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que começou a colher depoimentos nesta terça-feira (2). O caso aconteceu no sábado (30). 

Segundo a família, a mãe estava no sexto mês da gestação e deixou a cidade de Imbaú, ainda no sábado, para buscar atendimento hospitalar em Ponta Grossa após complicações. 

A mãe teve que passar por um parto de emergência, mas, infelizmente, a pequena Helena já nasceu sem vida. A avó e a tia paterna ficaram responsáveis por organizar o sepultamento da criança, tendo em vista o abalo do casal, de 18 e 19 anos. Elas foram até o hospital para fazer a retirada do corpo do necrotério, mas estranharam o pacote branco totalmente lacrado. 

“A gente foi numa salinha do hospital que tinha três bercinhos e um pacote branco. Só que eu não vi nada, achei que só tinha o berço, até achei que o pacote era o travesseiro do bercinho. Estava o recepcionista e perguntei pelo bebê. Ele olhou para mim e falou: ‘mas você está achando que é grande o bebê?’, e apontou com o dedo para o pacote branco, tipo quadrado, bem lacrado”, disse a avó. Ela contou, ainda, que pediu para ele abrir o pacote, mas ele disse que não tocava, e que não lembra de mais nada depois. 

A avó esteve durante todo o tempo acompanhada pela tia paterna de Helena, e também de um funcionário do serviço funerário contratado com Imbaú. 

A família, por sua vez, fez a retirada do saco no necrotério e seguiu viagem para realizar o sepultamento em Imbaú. Ao chegar, a avó e a tia, junto à funerária, fizeram a abertura do pacote para que a bebê pudesse ser preparada para o sepultamento, mas o corpo não estava lá. 

“Quando meu cunhado saiu da funerária foi esse tempo que a minha sogra falou para a gente aproveitar e ver. A gente queria ver o rostinho, queria ter aquele adeus com ela. Aí a gente pediu para ele abrir, foi a parte que eu gravei. Só tinha serragem. Não tinha o corpo da minha sobrinha, tinha papel de bala, era lixo, não é humano isso”, desabafou a tia, Julie Glufka. 

O hospital foi acionado por telefone e depois de um tempo a família foi informada que o corpo de Helena continuava lá. A tia e a avó retornaram à Ponta Grossa para buscá-la. A Polícia Militar foi acionada e acompanhou o processo de retirada do corpo do local. 

A Unimed, responsável pelo hospital, informou, através de nota, que “equivocadamente o corpo da recém-nascida não foi retirada do necrotério e permaneceu lá até o fim da tarde” do mesmo dia. 

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