Acusado de matar e ocultar corpo da namorada vai a júri

Maurício Alves poderá ser condenado por feminicídio e ocultação de cadáver. Caso aconteceu em 2021

por Vitória Silva ter, 09/08/2022 - 12:02
Reprodução/Redes Sociais Dione Gomes ao lado de Maurício Alves, acusado de feminicídio Reprodução/Redes Sociais

Será julgado, nesta quarta-feira (10), o homem acusado de matar e ocultar o corpo da ex-namorada, em um caso investigado como feminicídio, ocorrido na madrugada de 3 de janeiro de 2021. Maurício Alves de Andrade teria golpeado com arma branca a manicure Dione Gomes Silva do Nascimento, sua companheira à época, e jogado o corpo da vítima no Rio Tejipió, no Grande Recife, após perceber que Dione não havia resistido. 

O julgamento havia sido marcado para o dia 15 de junho, mas uma nova data foi designada após pleito da defesa do réu. Maurício responde por feminicídio e ocultação de cadáver e será julgado na 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, às 9h. O Ministério Público de Pernambuco será representado na acusação pela promotora de Justiça Eliane Gaia.  

O caso 

O corpo de Dione Gomes Silva do Nascimento foi encontrado em 5 de janeiro de 2021, dois dias após o registro do seu desaparecimento. A morte da manicure foi registrada como o primeiro feminicídio do ano passado. Durante uma discussão com Maurício Alves de Andrade, seu então namorado, Dione foi golpeada no pescoço com um objeto perfurante. Ela morava em Camaragibe, mas havia ido à casa do namorado na noite do dia 2 de janeiro. A família não conseguiu mais contato com a mulher desde então. 

O ex-marido de Dione e pai da filha da vítima, José Cláudio do Nascimento, relatou, à época, que por volta das 2h30 do dia 3 de janeiro, Maurício bateu na casa de um primo dele, pedindo ajuda para socorrer a ex-companheira. A manicure estava sangrando e com indícios de perfuração. 

O parente do réu chegou a dar a carona para o suposto socorro, mas chegando em um trecho da ponte Motocolombó, próximo ao bairro da Imbiribeira, no Recife, Maurício afirmou que a ex-mulher já estava morta e jogou o corpo da vítima no Rio Tejipió. Foi o primo do acusado que realizou a denúncia do crime na manhã seguinte. Maurício era descrito por amigos e familiares como um homem abusivo com Dione, além de obsessivo e violento verbalmente. 

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