Homem testa positivo para Covid-19, monkeypox e HIV

É a primeira pessoa do mundo a testar positivo para os três vírus

por Jameson Ramos qui, 25/08/2022 - 15:32
Divulgação Imagens das lesões Divulgação

Um italiano de 36 anos, que não teve o nome divulgado, é a primeira pessoa no mundo a testar positivo ao mesmo tampo para a Covid-19, HIV e o monkeypox (varíola dos macacos). O caso foi publicado no Journal of Infection.

O paciente tinha viajado para a Espanha, onde ficou de 16 a 20 de junho deste ano. Nove dias depois de retornar de viagem, ele apresentou febre, dor de garganta, fadiga, cefaleia e linfonodomegalia inguinal direta. 

No dia 2 de julho, ele testou positivo para o novo coronavírus e, na tarde do mesmo dia, começou a ter coceiras no braço esquerdo e dias mais tarde percebeu pequenas bolhas no peito, pernas, rosto e nos glúteos. No dia 5 de julho, devido à propagação de vesículas que começaram a evoluir para pústulas umbilicadas, o homem procurou a emergência do Hospital Universitário de Catânia, Itália, sendo posteriormente transferido para a unidade de Doenças Infecciosas.

O paciente relatou na admissão que passou por um tratamento para sífilis em 2019. Em setembro de 2021, realizou um teste de HIV que deu negativo. Ele também havia tomado as duas doses da vacina contra a Covid-19 e já havia contraído a doença em janeiro. 

O rapaz teve relações sexuais sem preservativo com outros homnens durante sua estadia na Espanha. Os exames realizados confirmaram que ele estava infectado com o novo coronavírus, a varíola do macaco e o vírus HIV. 

Com o desaparecimento dos sintomas do monkeypox, o paciente foi liberado no dia 11 de julho para ficar em isolamento domiciliar, retornando para o hospital no dia 19 de julho para um novo teste da varíola dos macacos, que continuou dando positivo. 

O estudo ressalta que a relação sexual pode ser a forma predominante de transmissão. Portanto, a triagem completa de IST é recomendada após o diagnóstico de varíola dos macacos, por exemplo.

"Como este é o único caso relatado de coinfecção pelo vírus da varíola dos macacos, SARS-CoV-2 e HIV, ainda não há evidências suficientes que apontem que essa combinação possa agravar a condição do paciente", pontua a pesquisa.

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