Dois americanos e um dinamarquês vencem o Nobel de Química

Eles estabeleceram as bases para uma forma mais funcional da disciplina científica

qua, 05/10/2022 - 08:01
Jonathan NACKSTRAND O Nobel de Química foi atribuído a Carolyn Bertozzi (EUA), Morten Meldal (Dinamarca) e Barry Sharpless (EUA) Jonathan NACKSTRAND

O Prêmio Nobel de Química de 2022 foi atribuído nesta quarta-feira ao dinamarquês Morten Meldal e aos americanos Barry Sharpless e Carolyn Bertozzi, que estabeleceram as bases para uma forma mais funcional da disciplina científica.

O trio foi reconhecido pelo "desenvolvimento da química 'click' e da química bio-ortogonal", anunciou o júri em sua decisão.

Sharpless, de 81 anos, venceu o Nobel de Química pela segunda vez.

Apenas outras quatro pessoas receberam duas vezes o Nobel, incluindo a francesa de origem polonesa Marie Curie.

Sharpless, que mora a trabalha na Califórnia, e Meldal, de 58 anos e da Universidade de Copenhague, foram reconhecidos por seus trabalhos pioneiros com a química 'click', uma nova forma de combinação de moléculas.

A química 'click' "é uma reação química elegante e eficiente que atualmente é amplamente utilizada", destacou o júri.

"Entre muitos usos é empregada no desenvolvimento de produtos farmacêuticos, mapeamento de DNA e criação de novos materiais.

A americana Bertozzi, de 55 anos, foi premiada pelo desenvolvimento da química bio-ortogonal, uma reação química que é descrita como capaz de iniciar-se em um organismo vivo, mas sem perturbar ou modificar sua natureza química.

As descobertas do trio abriram o caminho para melhorar a eficácia dos tratamentos contra o câncer.

O trio dividirá a quantia de 10 milhões de coroas suecas (pouco mais de 900.000 dólares) e receberá o prêmio das mãos do rei Carl XVI Gustaf em uma cerimônia em Estocolmo em 10 de dezembro, aniversário da morte em 1896 do cientista Alfred Nobel, que criou a premiação em seu testamento.

A Academia Sueca concedeu o Nobel de Química no ano passado ao alemão Benjamin List e ao americano David MacMillan pelo pelo desenvolvimento da "organocatálise assimétrica", uma nova ferramenta de construção de moléculas que tornou a Química mais "verde" e melhorou a pesquisa farmacêutica.

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