Dismorfia Corporal: saiba o que afeta atrizes americanas

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que o problema afete cerca de quatro milhões de pessoas somente no Brasil e até 2% da população mundial

por Camily Maciel ter, 20/06/2023 - 17:50
 Divulgação / Instagram @meganfox Divulgação / Instagram @meganfox

Vive-se hoje uma época em que a preocupação com a aparência atinge níveis alarmantes. Com a prevalência das redes sociais, o uso das telas e câmaras, e os padrões de beleza impostos, as pessoas anseiam desesperadamente em se encaixar nesses modelos. É neste momento que pode surgir a chamada dismorfia corporal, um transtorno psicológico em que há uma obsessão pelo corpo, fazendo com que a pessoa sobrevalorize pequenas imperfeições ou imagine essas imperfeições, resultando num impacto muito negativo para a sua autoestima, além de afetar sua vida no trabalho, escola e no convívio com amigos e familiares.

 

A atriz norte-americana Megan Fox, de 37 anos, revelou recentemente em uma entrevista à Sports Illustrated que sofre com essa condição, que altera a forma com a pessoa enxerga a si mesma, resultando em percepções distorcidas e pensamentos obsessivos em relação ao próprio corpo. A estrela de “Garota Infernal” (2009) afirmou que não se vê como as outras pessoas a veem e que nunca amou seu corpo. Megan também compartilhou que a jornada de aceitação e amor-próprio será contínua.  

"A busca por um corpo perfeito, a 'beleza de filtro', aumenta cada vez mais com as redes sociais. Isso pode influenciar negativamente a percepção da imagem corporal. As pessoas se comparam mais umas às outras e desejam parecer impecáveis tanto nas redes quanto na realidade", explicou a cirurgiã plástica membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dra. Thamy Motoki.

No entanto, muitas vezes essas "imperfeições" são perceptíveis apenas para a pessoa ou são supervalorizadas. Ela começa a se olhar obsessivamente no espelho ou evita-o completamente. Além disso, busca se isolar socialmente, acreditando que está feia e não se encaixa nos padrões.  Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que o problema afete cerca de quatro milhões de pessoas somente no Brasil e até 2% da população mundial. O tratamento pode envolver psicoterapia, uso de medicamentos psiquiátricos e técnicas de relaxamento.

É fundamental que o paciente seja acompanhado por uma equipe com profissionais da saúde mental e da saúde física, para que possa receber um atendimento completo. A conscientização sobre a dismorfia é fundamental para ajudar a tratar essa condição. É importante que profissionais da saúde, como cirurgiões plásticos, estejam atentos aos sinais e saibam como tratar seus pacientes com essa condição. A conscientização e o cuidado são essenciais para ajudar as pessoas a se sentirem bem consigo mesmas e a terem uma vida saudável e feliz. 

 

 

COMENTÁRIOS dos leitores