Mirabilândia: advogada da jovem cobra acesso ao prontuário

A advogada de Dávine Cordeiro, Priscila Alves, afirmou que o médico indicado pelo parque de diversões teve acesso a documentos que o médico da família não teve

sex, 29/09/2023 - 08:16
Reprodução/Redes Sociais Dávine MUniz Cordeiro é coordenadora de um curso de Línguas Reprodução/Redes Sociais

Uma das advogadas da mulher de 34 anos que ficou gravemente ferida após cair de um brinquedo no Mirabilândia, em Olinda, na sexta (22), disse que o médico contratado pelo parque de diversões teve acesso ao prontuário da paciente durante uma visita ao Hospital da Restauração, no Recife. Entretanto, esse mesmo documento teria sido negado ao médico da família da paciente.

A advogada Priscila Alves afirmou, nessa quinta (28), que o médico de confiança da família foi barrado pela direção do hospital de entrar na UTI, na terça (27).

"Não temos acesso a um prontuário médico, não temos acesso a um boletim que diga que ela tem segurança para ser transferida. Estamos tentando protocolar um pedido para que nos seja fornecido um parecer médico [...] Chego lá embaixo, dizem que é o setor de protocolo, o protocolo diz que é outro setor, e chega-se ao ponto que eu não consigo protocolar esse pedido", reclamou Priscila.

Ela também contou que o médico do parque de diversões teve acesso livre às mesmas dependências que o profissional indicado pela família teria sido proibido.

"É uma questão bem delicada. A família, inclusive, trouxe um médico de confiança para acessar o hospital. De igual modo, o parque possui um médico que tem livre acesso à UTI; isso é de conhecimento de todos. Nós também queremos essa paridade. Porque se o parque tem acesso livre para discutir parecer médico e condições clínicas, nós também queremos essa condição", apontou a advogada.

Internada desde o dia do incidente, há uma semana, Dávine Muniz Cordeiro sofreu traumatismo craniano e passou por uma cirurgia na cabeça. Ela também teve diversas fraturas pelo corpo e foi colocada em coma induzido pela equipe médica.

O pai da paciente, José Leandro Cordeiro, criticou os gestores do Mirabilândia pela falta de apoio. "Não recebi informação nenhuma, apoio logístico, solidário, de ninguém. A não ser, assim, as informações que recebi por intermédio de terceiros", disse.

"O estado da minha filha é muito grave. Só peço à providência divina, aos médicos, para fazer com que minha filha volte ao seio familiar", continuou. 

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