Dilma prepara reforma ministerial para acomodar aliados

Presidente irá esperar eleição das mesas diretoras da Câmara e Senado para mexer as peças na Esplanada

qua, 09/01/2013 - 09:19
Wilson Dias/ABr

Para tentar conter os ânimos do PMDB e PSB, a presidente Dilma Rousseff prepara uma pequena reforma ministerial. O "entre e sai" de ministros é uma tentativa de afagar os aliados e fortalecer a candidatura do PT para as eleições presidenciais em 2014.

A mudança na chefia de algumas pastas só deve ocorrer em fevereiro, após o feriado de Carnaval e às eleições das mesas diretoras da Câmara e do Senado. Com o fim do mandato do deputado Marco Maia (PT-RS) e do senador José Sarney (PMDB-AP), o governo acredita na eleição do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) para as presidências das casas. A escolha será logo na primeira semana de fevereiro, com o retorno do recesso parlamentar.

Se esse cenário for confirmado, Dilma deverá dar mais espaço ao PSB, que deverá ficar com a pasta de Ciência e Tecnologia, atualmente ocupada por Marco Antônio Raupp. No entanto, isso ainda não é certo, já que o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) também está sendo apontado para assumir o cargo. Ele também é cotado para o Ministério da Educação, depois de ter apoiado a candidatura de Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo.

Nesse último cenário, haveria uma pequena dança das cadeiras, com a ida de Aloízo Mercadante (PT-SP), atual ministro da Educação, para as Relações Institucionais, atualmente chefiada por Ideli Salvatti (PT-SC), que seria remanejada para o Ministério do Turismo, com a saída de Gastão Vieira (PMDB-MA).

Outra mudança apontada seria no Ministério dos Transportes, com a saída de Paulo Sérgio Passos (PR-BA) e a provável entrada de Eduardo Braga (PMDB-AM). Já o PSD poderá assumir o recém-criado Ministério da Micro e Pequena Empresa, com Paulo Simão (MG), mas outros nomes do partido também estão sendo cogitados para cadeiras na Esplanada.

O certo é que Dilma deverá esperar a acomodação dos aliados no Congresso Nacional, para então operar a reforma ministerial.

Casa Civil - A saída da ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) chegou a ser cogitada, mas parece que Dilma não está disposta a abrir mão dela por enquanto. Cotada para concorrer à sucessão no Paraná, ela deverá participar mais das viagens para inaugurações e reuniões políticas no estado.

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