Paulo Rubem critica modelo de direção do próprio partido

Deputado diz que é necessário uma convenção equilibrada

ter, 11/06/2013 - 10:29
André Nogueira/LeiaJáImagens/Arquivo O pedista disse que atualmente o presidente nacional é quem escolhe os demais líderes da legenda em PE André Nogueira/LeiaJáImagens/Arquivo

Ano crucial para debates internos, articulações e alianças, 2013 também deve movimentar a direção dos partidos brasileiros antes das eleições em 2014. Não diferente das demais siglas, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) também se organiza e pretende até agosto realizar uma convenção estadual para escolher quem irá liderar a legenda em Pernambuco e nos municípios. Para o deputado federal Paulo Rubem (PDT), o modelo de direção atual é fraco e não ajuda o partido crescer.

O parlamentar explicou que atualmente o PDT é liderado por Comissões Provisórias, em que o presidente nacional nomeia quem acha que deve escolher. “O presidente nomeia o presidente estadual e fica com uma caneta nomeando os demais. Esse modelo é um modelo fraco, não se trata de mudar pessoas, tem que ser eleitos por delegados que serão eleitos no município, tem que ser por votos”, ressalta.

Para Rubem é necessário que se faça uma convenção estadual até meados deste segundo semestre. “Temos que fazer a convenção estadual até agosto, vamos tentar construir uma estratégia com a nova comissão eleita com o diretório, respeitando as lideranças regionais principalmente onde os parlamentares têm votos”, disse.

Mesmo confiante na sigla e nas novas estratégias que estão por vir, o deputado federal ratifica as críticas sobre a forma que o PDT trabalha hoje. “Esse modelo é muito frágil. Quanto não se tem coligação nem montagem de palanques. Estamos fazendo um mapeamento para fazer a convenção e eleger um novo diretório”, informou acrescentando que o modelo não auxilia no desenvolvimento da legenda. “Não ajuda o partido crescer, a gente está trabalhando para ter uma convenção equilibrada sem ter medo do presidente nacional ou estadual. A gente quer um partido como é o PDT em todo o Brasil”, desejou.

O pedista disse que apenas nove estados, considerando também Pernambuco, trabalham com a forma de Comissão Provisória, enquanto os demais lugares do Brasil funcionam com a escolha de votos dos delegados ou filiados da sigla, por isso, ele exige que essa maneira seja alterada.

Eleições 2014 – Além de bater forte na tecla da nova direção estadual, Paulo Rubem comentou que a legenda pretende se preparar para as eleições que ocorrem no próximo ano. “Hoje os municípios estão todos vencidos, temos que fazer uma convenção para preparar o partido para 2014. Até agosto vamos fazer uma convenção equilibrada, eleger um diretório nos municípios e virar uma pagina de onde o partido existe para fortalecer”, prometeu.

Saída de Lyra – Durante a entrevista cedida ao Portal LeiaJá o parlamentar comentou a migração do vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto, ainda PDT, para o PSB do governador Eduardo Campos. Ele disse respeitar a escolha do corregionário, mas se colocou a disposição para uma conversa com Lyra, caso haja tempo de voltar atrás. “Se dependesse de mim eu sugeriria que não saísse, porque enfraquece e isso não é garantia nenhuma que ele vire candidato a governador, caso Eduardo Campos tente a presidência”, opinou.

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