"O PMDB não tem feito chantagens", diz petista

Para o presidente do PT em Pernambuco, o deputado Pedro Eugênio, as especulações de dissolução da aliança não têm fundamento

qua, 31/07/2013 - 18:33
Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo “Não vejo nos desentendimentos um fator de desagregação Clélio Tomaz/LeiaJáImagens/Arquivo

A dissolução da aliança entre o PT e o PMDB em âmbito nacional tem sido especulada por muito políticos, que afirmam ser o PMDB o protagonista de um processo de chantagens a presidenta Dilma Rousseff (PT). Que há divergências entre a petista e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) é verdade, afinal de contas, farpas veem sendo trocadas, discretamente, entre os dois que não estão concordando muito nas decisões que tomadas pela presidente. 

Algumas dessas estão elencadas nos cinco pactos propostos por Dilma após as manifestações populares, em junho, quando anunciou a criação de uma constituinte e a realização do plebiscito para a Reforma Política, além da distribuição dos recursos dos Royalties de Petróleo. Na ocasião, Temer questionou o fato de não ter sido consultado antes da divulgação das medidas sugeridas.  

Para o presidente do Partido dos Trabalhadores, em Pernambuco, o deputado federal Pedro Eugênio tais desentendimentos acontecem em qualquer coligação, desclassificando as atitudes de Dilma como submetidas a uma chantagem. “Estamos numa coligação que tem vários partidos e o nosso maior aliado é o PMDB, eu não vou classificar a posição do PMBD como chantagista. Existem divergências sim, como a questão de distribuição dos royalties do petróleo, mas nada que não aconteça em outras alianças”, descreveu. 

Para o petista, o mais importante agora é tentar um entendimento estratégico e amplo com o PMDB. “Na política o que é mais provável é a manutenção da aliança entre o PT e o PMDB, tem muita gente trabalhando para evitar que haja um rompimento e isso inclui não só Dilma e Temer, mas o partido como um todo”, afirmou. 

Quanto a provável migração do PMDB para coligar-se com o PSDB, que tem como presidenciável Aécio Neves, ou com PSB, possivelmente com Eduardo Campos concorrendo à presidência, o petista enfatizou que não existem motivos para o fim da aliança. “Não vejo nos desentendimentos um fator de desagregação. O resto é especulação e sem nenhum fundamento”, concluiu.

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